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o Jardim Brasil, bairro pobre da Zona Norte de São Paulo, o estilista Victor Apolinario vive nem tão distante do luxuoso mercado da moda “hype”. Aquele que, não faz muito tempo, viralizou em um vídeo com jovens revelando quantos “k” de “dol” (apelidos para "mil" e "dólares") custaram seus “outfits” ("looks", para os leigos).

O paulistano, dono na marca Cemfreio, é citado por publicações especializadas como “Elle”, “Harper's Bazaar” e o site “Hypebeast”. O último, que o incluiu em uma lista de referências brasileiras em streetwear, é a bíblia dos chamados “feras do hype”, pessoas que colecionam e negociam roupas, tênis e acessórios de grifes selecionadas – e valores geralmente altíssimos.

Streetwear é a moda urbana que nasceu enraizada no surfe e no skate da Califórnia (EUA), incorporou elementos do hip hop e se tornou tão próxima da música que, hoje, os dois mercados quase se confundem.

Ou, na visão de Apolinário, é “a sua representação dentro de um espaço e a forma como você entende determinado lugar”. Em outras palavras, “botar na rua o que tá se passando dentro de você, através da roupa”.

Fonte: G1