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Futebol costuma ser marcado por situações que se repetem. É comum dentro e fora de campo. Nesta semana, a transferência do zagueiro Thales para o Internacional fez o torcedor do CSA voltar no tempo e lembrar a saída repentina do técnico Oliveira Canindé, em 2014. Os dois episódios mexeram com os azulinos durante competições importantes.

Canindé estava bem no CSA naquele período, com o time acertado, quando aceitou uma proposta do América-RN. Disse que era irrecusável, até pelo fato de ir trabalhar na Série B do Brasileiro. Deixou o CSA na reta final do Campeonato Alagoano.

Agora, o retorno de Thales foi uma exigência do Inter, que teve problemas de lesão com os defensores do elenco e fez valer uma cláusula do contrato de empréstimo. Ele era titular absoluto do CSA, fez 33 partidas na temporada, sendo 16 na Terceirona, e está fora dos jogos decisivos contra o Tombense, que valem vaga na Série B.

- É difícil segurar um jogador assim, com uma proposta do Inter, de um clube da Série B. Ele vai desfocar. E tem mais, tem uma cláusula que se o CSA não liberar, o jogador vai pagar uma multa de R$ 50 mil por dia de atraso. A gente tem peças importantes que podem suprir tranquilamente o Thales. Os que estão aqui vão fazer a função normalmente como vinham fazendo - explicou o gerente de futebol do Azulão, Marcelo de Jesus.

Em 2014, o CSA teve mais dificuldades para manter Canindé porque o acerto com o treinador foi apenas verbal. Vice de futebol na época, Raimundo Tavares repetiu em muitas entrevistas que era um "contrato de bigode", de palavra. Foi quebrado facilmente. Com Thales, o problema foi a cláusula de devolução imediata, que tirou a possibilidade do clube de lutar pela permanência de um jogador importante.

Fonte: Globo Esporte