Pela primeira vez no município de Santana do Mundaú, na Zona da Mata alagoana, será promovida a Feira da Agricultura Familiar Quilombola e do Crédito Fundiário, nos dias 22 e 23 de março. A atividade é organizada pelo Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) em parceria com a prefeitura municipal e o Instituto Irmãos Quilombolas.
As barracas serão instaladas na Rua Silvestre Péricles, em frente à Câmara de Vereadores, e os feirantes comercializarão seus produtos na quinta-feira, das 6 da manhã até às 20 horas, e na sexta-feira das 6 às 14h.
“Nós do Instituto Irmãos Quilombolas estamos sonhando com a realização dessa feira há muito tempo e agora queremos colocar em prática. Essa feira trará a valorização dos agricultores da terra e eu estou muito feliz”, ressaltou Silvana França, integrante da diretoria.
Segundo o diretor-presidente do Iteral, Jaime Silva, a parceria com as instituições municipais são essenciais para o crescimento do projeto. “A presença do Iteral só fortalece a organização, contribui para o desenvolvimento da agricultura familiar e, ainda, cria um clima de festa na cidade. Outros municípios estão nos procurando para realizar as feiras agrárias do Crédito Fundiário, e já temos outras duas articuladas, em Craíbas e Delmiro Gouveia”, afirmou.
Na programação desta edição terá a comercialização de produtos da agricultura familiar, como: macaxeira, feijão verde, inhame, batata doce, frutas, hortaliças, ovos de capoeira, doces caseiros e comidas típicas. Outros atrativos são o artesanato quilombola e apresentações culturais de forró pé de serra, coco de roda, entoada e grupos afroculturais.
“Quem ganha mais não é o que vende caro, e sim, o que vende muito. E é isso que a gente quer. Eu conheço o Iteral há muito tempo e estou encantado com a estrutura e o empenho da equipe nessas feiras agrárias itinerantes. Eu acredito que essa edição em Santana do Mundaú será muito positiva e entrará no calendário oficial”, declarou o vereador Ivan Ferreira do Nascimento.
Atualmente, o município possui três comunidades remanescentes de quilombo – Jussarinha, Mariana e Filús; e ainda, cinco unidades produtivas com famílias beneficiadas no Programa Nacional do Crédito Fundiário (PNCF).
Fonte:Agência Alagoas
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