Centenas de moradores dos conjuntos Vale do Tocantins, do Amazonas e do São Francisco, localizados na entrada do bairro do Rio Novo, fecharam, na manhã desta segunda-feira (14), o trecho da BR-316 na altura da Mafrial. Os manifestantes protestaram contra a falta de água. Segundo eles, a bomba foi desligada há quase uma semana e está faltando água até para atividades simples, como tomar banho e lavar louça.
Os manifestantes relataram que, por diversas vezes, procuraram a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) em busca de uma solução para a situação. De acordo com o grupo, após a solicitação, a Casal alegou que não está faltando água e informou que a bomba foi desligada pela construtora dos conjuntos, que está com a chave.
"Já estamos com esse problema há sete dias. Não temos condições de continuar sem água e se não ligarem hoje, não vão ligar mais, porque amanhã é feriado", afirmou Genilda Álvaro da Silva, líder comunitária. Ainda segundo ela, essa é a primeira vez que o problema acontece.
"Desligaram a bomba e, agora, não temos como puxar água. Tem água no poço, não era pra estar faltando. A construtora deveria deixar uma chave com algum líder comunitário", ressaltou.
A moradora Florismar Araújo disse que os moradores de Rio Novo estão ajudando e eles também estão recorrendo à casa de familiares. "O pessoal do ajuda a gente trazendo água, mas não é suficiente. A gente tem que ir na casa de família no Jacintinho ou em outros bairros para tomar banho, mas aí quando chega já está sujo de novo. Não tem condições", afirma.
Eles também reclamam de outros problemas, como as escolas e o posto de saúde que ainda estão fechados. Os conjuntos têm 900 casas, duas unidades escolares, um posto e uma creche. Os equipamentos foram entregues há dois meses pelo governador, mas continuam fechados.
"Nada disso está funcionando. Muitas famílias ainda não se mudaram porque têm crianças no colégio e não têm como vir pra cá se não vai ter aula. Também tem gente com deficiência física e outros problemas que precisa de atendimento e não tem aqui. Ninguém dá nenhuma explicação", disse Marcelo Reis, também líder comunitário. Os moradores dizem que pagam entre R$ 80 e R$ 270 pelas casas.
Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Alagoas foi até o local do protesto e controlou o trânsito. Um lado da pista foi bloqueado. Os manifestantes esperaram o representante da construtora para negociar a resolução dos problemas. Os moradores disseram que só liberavam a pista quando a situação normalizasse.
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