O prefeito Júlio Cezar esteve hoje (19) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para uma reunião com os funcionários da instituição. Ele pediu que os pacientes que chegam à Unidade tenham um tratamento mais humanizado por parte dos profissionais, ou o quadro de pessoal vai precisar ser modificado. Nos últimos dias, a UPA tem sido alvo de duras críticas da população palmeirense, que respingaram diretamente no governo municipal. Os motivos são graves, e, entre outros, estão relacionados às mortes de Fábio Nogueira e de Kennedy Mitomari, que segundo os familiares não teriam recebido atendimento médico adequado dos profissionais que atuam no estabelecimento de saúde.
Além da UPA, o prefeito fez, ainda, referência ao Hospital Regional Santa Rita, que também tem sido criticado pela cobrança do atendimento que faz aos pacientes, e também, por não ter médicos especialistas, como pediatra e cardiologista, para atender o público. Além disso, cirurgias de médio porte também não estão sendo realizadas pelo Hospital, como a de colecistectomia ou vesícula.
Por causa disso, Fábio Nogueira, que estava internado no Hospital Santa Rita, foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), para ser submetido à cirurgia e lá faleceu.
"Não podemos admitir que os nossos pacientes sejam transferidos, jogados para o HGE, em Maceió, como aconteceu com o Fábio, quando essa cirurgia para a retirada de vesícula deveria ter sido realizada aqui. Abrimos uma auditoria, estamos apurando todos os fatos na UPA, no Hospital e no HGE e vamos encontrar de onde partiu o erro. Da mesma forma com o Kennedy, que foi trazido para UPA e aqui mesmo faleceu, de infarto. Pedimos desculpas aos familiares, pois sabemos que não é fácil perder um ente querido, e nos colocamos à disposição para o que for preciso. Mas uma coisa eu garanto, os culpados serão punidos. E se o atendimento da UPA, que tem sido tão criticada, não mudar e não for humanizado, vamos fazer o que não queremos, mas vamos mudar o quadro de pessoal. Porque a crítica não vai só para a Unidade ou para o Hospital, mas atinge, principalmente, o nosso governo", afirmou o prefeito.
E continuou. "Todos os meses, o nosso governo investe três milhões para o Hospital e para a UPA. Não temos compromisso com o erro, e a qualquer hora poderemos refazer esses contratos com quem seja comprometido com a saúde. Encontramos a UPA fechada, os postos em situação de penúria. O nosso governo tem pouco mais de cinco meses e não fomos nós que transformamos a saúde no caos em que ela se encontra hoje. Isso vem de gestões passadas. Já dissemos que vamos reabrir as portas do hospital para a população, mas também precisamos que os governos estadual e federal ajudem, pois a UPA e o Hospital não atendem só Palmeira, mas oito municípios que dependem dessas duas unidades hospitalares. E por isso estou indo a Brasília, em busca de mais recursos para investir nessa área. A nossa prioridade é a saúde e precisamos de gente trabalhando que também goste de gente, que atenda com carinho e atenção, porque quem está doente, com dor e desesperado, que ser acolhido, ser respeitado e, acima de tudo, bem atendido. E disso nós não vamos abrir mão", garantiu Júlio Cezar.
Fonte: Assessoria
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