A Prefeitura de Palmeira dos Índios, por meio da Secretaria Executiva da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, e o Governo de Alagoas, por intermédio das secretarias de Estado de Segurança Pública e da Mulher, inauguraram nesta quinta-feira (16) a Sala Lilás, que funciona no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) do município. Na ocasião, o prefeito Júlio Cezar também entregou uma viatura que, a partir de agora, está à disposição da Sala. A inauguração contou com a presença de autoridades do município e do estado, além de integrantes das forças de segurança, do judiciário, da rede de apoio à Mulher, secretários municipais, vereadores e representantes do Governo de Alagoas. O diácono Jorge Paulo e o padre Arnaldo proferiram a benção apostólica.
Na Sala serão atendidas todas as mulheres vítimas de violência que queiram relatar as ocorrências, com o apoio do Centro Especializado de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Doméstica (CEAM), a Patrulha Maria da Penha e os aparelhos jurídicos e de segurança. O espaço contará com equipe multidisciplinar, formada por psicólogos, advogados e assistentes sociais, além de atendimento e encaminhamento para o Instituto Médico Legal (IML), formalização do Boletim de Ocorrência (BO) e medida protetiva. “Hoje, temos mais esta conquista no município para as mulheres. Não trabalhamos sozinhas e, graças a articulação de toda a rede de proteção à mulher, temos mais este serviço para mulheres vítimas de violência. Agradeço a todos os envolvidos neste trabalho que vão ajudar a transformar , fortalecer e fazer um novo começo na vida dessas mulheres”, explicou a secretária Executiva da Mulher em Palmeira Flávia Ramos.
A secretária de Estado da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos destacou que a situação da violência tem que contar com o apoio de todas as esferas do estado. “O que estamos realizando aqui hoje é fruto da parceria de todos e envolve a justiça, a Saúde, o estado, o município e a sociedade civil. No dia 8 de março, a farmacêutica Marcele Bulhões foi morta a pedradas pelo ex-marido, e que nos deixou muito tristes. A violência doméstica não acontece só com a mulher pobre, mas com negras, brancas, ricas ou pobres. Por isso, precisamos dar as mãos, porque muitas sofrem ameaças de morte, se quiserem deixar o agressor. Todas precisam ser acompanhadas, zeladas, cuidadas e apoiadas. Agradeço ao prefeito Júlio Cezar e à secretária Flávia pelo trabalho em Palmeira e pela luta em defesa das mulheres”, disse Maria José.
A iniciativa conta com a parceria da Prefeitura de Palmeira, Governo do Estado, Comissão de Mulheres da OAB/3ª Subseção, assessoria da 4ª Vara Criminal, Defensoria Pública, Procuradoria Geral do Município, Câmara de Vereadores e polícias Militar, Civil e Guarda Municipal. ” Agradeço o convite para participar deste momento tão importante na vida das mulheres. Desde que cheguei em Palmeira tenho a sensação de que todo estão irmanados por esta causa e Ministério Público se sente mais inteirado quando existe este trabalho conjunto. Recebam essas mulheres sabendo que elas não são coniventes com a situação, mas sim vítimas. Todos somos filhos de mulheres, temos irmãs e devemos estar juntos para proteger esta causa que é de extrema relevância” , disse o promotor de justiça do Ministério Público Márcio Dória.
O prefeito Júlio Cezar destacou a importância da implantação da Sala Lilás. “Estamos felizes em implantar, junto com o estado, esse importante equipamento de proteção à mulher. No nosso município não temos registro de feminicídios, existem tentativas violência e de homicídio contras elas todos os dias e temos 79 mulheres monitoradas pela Lei Maria da Penha. Não podemos admitir que, nos dias de hoje, ainda exista esse tipo de coisa. Por isso, junto com a Casa da Mulher, esta é mais uma ferramenta para a punição dos agressores. As mulheres não precisarão mais ir a Arapiraca para formalizar a denúncia e não precisam ter medo em fazê-la, porque temos a Sala Lilás, uma ferramenta pequena, mas que prestará um grande serviço, com o apoio de uma rede de proteção em todo o Brasil, que pode acolher a vítima. Se for preciso, ela poderá ser deslocada para outros estados, por meio do Insituto Avon. Agressor de mulher não tem vez no nosso município, seja ele quem for”, afirmou o prefeito Júlio Cezar.
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