Maio de 2015. Com apenas três meses do diagnóstico, a terapeuta holística Eneida Sobral Fernandes viu a mãe perder uma curta, porém árdua batalha contra um câncer de fígado. “Eu praticamente morava no hospital”, lembra, ao citar que havia se desvinculado do cargo comissionado que exercia num órgão público para dedicar-se à saúde da mãe. Em um núcleo familiar formado por quatro pessoas, a paciente passou a ser a provedora financeira da casa com a pensão da aposentadoria, já que os filhos de Eneide também estavam fora do mercado de trabalho, um deles ainda em formação acadêmica.
“Fiquei meio perdida. Uma situação dessas te desequilibra emocionalmente, e meus esforços eram todos em prol de estar presente em cada instante do tratamento. Qualquer outra coisa parecia menor naquele momento”, conta a terapeuta. “Eu saí tão real do foco que até esqueci de dar continuidade ao pagamento do seguro funerário, que ela cumpria religiosamente há muito tempo”. Com o óbito, a situação não aliviou: agora eram três desempregados e um abalo psicológico muito forte. Passados dois anos e meio, a realidade de incertezas não sofreu grandes alterações. Agora profissional liberal, Eneida depende da demanda de clientes para fechar a renda, mas conta com o auxílio dos filhos, também em situação similar.
O cenário é mais comum do que se imagina. A cada ano, a incidência do câncer na população brasileira torna-se ainda mais devastadora. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), em 2013 foram registradas 189.454 mortes pela doença no Brasil. Para o biênio 2016-2017, a estimativa supera 590 mil novos casos. Alagoas aparece com uma fatia de aproximadamente 4.780 episódios neoplásicos a cada grupo de 100 mil habitantes.
À época, Eneida pagava para si um seguro de vida. “Minha mãe infelizmente não tinha, mas é importante considerar contratar enquanto estamos racionais, com a mente fria. A gente nunca sabe o dia de amanhã. Mesmo aos 90 anos, ela tinha vontade de viver”, pondera.
Categoria que vem atraindo cada vez mais o público, o seguro de vida com abrangência a doenças graves e/ou terminais destaca-se por ser uma apólice com recompensa dupla: além do beneficiário, o segurado também é premiado. “Para validar, a contratação tem de ser feita antes da doença e o cliente então recebe a cobertura após confirmação por laudo médico de que o quadro não é reversível”, explica o corretor Ailton Junior. “Com o prêmio, o cliente tem a oportunidade de gozar de benefícios diversos, como fazer uma última viagem em família ou presentear um filho. Fica a critério individual”, complementa.
Um adicional, a modalidade segue as demais regras de contratação do formato usual de seguros de vida. Riscos preexistentes não são aceitos, sendo necessária a comprovação de um médico por meio de exames. Após o óbito, o sinistro é liquidado, cobrindo assim o prêmio total da apólice. Uma lista predetermina quais enfermidades garantem o sinistro, como Doença de Alzheimer, Acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio, além de alguns tipos de câncer, com detalhes que devem ser apresentadas e acordados com a agência seguradora. Por isso é fundamental atentar para a legitimidade do profissional que está atendendo. “Pesquise, procure um corretor habilitado, que é quem vai estar apto a prestar o serviço da melhor forma possível, sem avarias ao cliente”, alerta Ailton.
Apesar do crescimento na procura por seguros de vida em Alagoas, as mulheres ainda são maioria entre as assinaturas de contrato. A faixa principal é de classes A e B. São mães que buscam segurança, querem deixar os filhos tranquilos contra quaisquer eventualidades.
Fonte: Cada Minuto
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