A equipe médica do hospital San Vicente, em Rionegro, na Colômbia, anunciou neste sábado, 3, boletim médico, que traz as evoluções dos quadros médicos dos quatro brasileiros sobreviventes do voo que levava a equipe da Chapecoense para Medellín e caiu na madrugada de terça, 29.
A principal novidade é o progresso de Jackson Follmann, que respira sem a ajuda de aparelhos, está consciente e conversando com a família. A surpresa maior, porém,vem sendo a lucidez e tranquilidade com a qual o goleiro vem encarando o fato de ter tido parte da perna direita amputada. Em relação a sua atual situação, o goleiro teria sido categórico, afirmando que prefere a vida à perna e que vai tirar isso de letra.
Nas últimas horas, a principal evolução foi de Alan Ruschel, desentubado neste sábado, 3. O lateral está consciente, sem lesão medular e já mexe os quatro membros.
As outras duas vítimas que sobreviveram ao acidente, o jornalista Rafael Henzel e o zagueiro Neto, têm quadros mais delicados. Ambos continuam respirando com a ajuda de aparelhos devido à situação pulmonar crítica. A boa notícia é que, apesar da gravidade dos quadros, eles estão evoluindo bem.
O ortopedista e especialista em coluna brasileiro Marcus André Sonagli chegou a Colômbia para acompanhar o atendimento ao defensor do Chapecoense. O médico, que neste ano fez uma cirurgia para correção de duas hérnias de disco do jogador, afirma que o fato Neto ter voltado aos gramados em setembro, dois meses antes do previsto para sua recuperação, mostra que ele é muito forte psicológica e fisicamente.
Sonagli afirmou ainda que, segundo os resultados apontados pela tomografia feita no zagueiro, não há comprometimento neurológico e nem necessidade de cirurgia óssea neste momento. Uma ressonância magnética será feita dentro de alguns dias, somente quando a parte pulmonar estiver estabilizada, para avaliar a real extensão da lesão.
Para finalizar, os médicos foram categóricos em afirmar que os quatro pacientes inspiram cuidados, embora estejam apresentando melhoras e que não há razão para trazê-los para o Brasil neste momento. Esta transferência ocorrerá apenas quando as partes clínica e pulmonar estiverem estáveis.
Com informações do jornal "Estado de S. Paulo"
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