Ao anunciar o início gradual das atividades econômicas não essenciais de alguns setores para o próximo dia 03 de julho em Maceió, o governador Renan Filho enfatizou que o avanço para as próximas fases do Plano de Distanciamento Social Controlado dependerá da colaboração de todos: dos cidadãos e do setor produtivo.
“A participação dos alagoanos é fundamental. Vamos continuar solicitando que todos cumpram as medidas de distanciamento e que mantenham os cuidados com a higiene pessoal e o uso obrigatório de máscaras para seguirmos com a redução do contágio”, alertou o chefe do Poder Executivo, durante coletiva on-line realizada na última terça-feira (30).
A importância da contribuição dos alagoanos no processo também foi reforçada pelo secretário de Saúde, Alexandre Ayres. “A nossa responsabilidade enquanto cidadão vai aumentar a partir de agora. Precisamos continuar evitando aglomerações e utilizando máscaras”, frisou. Ayres ressaltou um aspecto essencial para entender o cenário atual: “Ainda não vencemos a pandemia. Ainda estamos passando por um período de atenção, um momento de preocupação. A gente só poderá avançar nos próximos passos se tivermos a consciência e a participação de todos”.
Em outra orientação, Renan Filho advertiu sobre a responsabilidade do segmento econômico durante as próximas etapas de enfrentamento ao novo coronavírus. “O setor produtivo tem um protocolo sanitário a cumprir. Não é apenas abrir as portas. É abrir as portas respeitando as novas normas que o momento exige”, salientou.
O recado vale para os empreendimentos situados na capital. Para o interior nada muda, no mínimo, pelos próximos 15 dias. As demais regiões seguem na chamada fase vermelha (risco elevado), de acordo com os critérios estabelecidos pela Matriz de Risco desenvolvida pela Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Em Maceió, a partir da alteração para a fase laranja (risco moderado alto), voltarão a funcionar: lojas com até 400m² (exceto shopping centers e galerias comerciais), salões de beleza, com 50% da capacidade, e igrejas e templos, com 30% da capacidade.
Protocolo Sanitário
As regras sanitárias gerais e específicas para cada segmento estão descritas no Protocolo Sanitário do Governo do Estado. O documento, publicado no Diário Oficial no dia 15 de junho, traz as medidas a serem adotadas pelos estabelecimentos, segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Internacional do Trabalho (OTI) e evidências científicas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).
Entre as regras gerais, constam: o uso de máscaras para todos os prestadores de serviços, visitantes, usuários e clientes; disponibilização de álcool em gel a 70% em locais fixos de fácil visualização e acesso; avisos, sinalização e marcação para indicar distância mínima de 1,5m (um metro e meio) entre clientes e aumento na frequência de limpeza e higienização dos ambientes, entre outras.
O Protocolo Sanitário também define as regras específicas. Para as lojas de rua, o uso de provadores está proibido. No caso dos salões de beleza, o atendimento deve ocorrer exclusivamente mediante agendamento, com intervalo de 30 (trinta) minutos entre eles, o quadro de funcionários deve ser reduzido em 50% e as estações de trabalho devem ser ajustadas com distanciamento de 2m (dois metros), além de higienizadas a cada troca de cliente.
Já para o funcionamento de igrejas, templos e demais instituições religiosas, devem ser preferencialmente disponibilizadas cadeiras e bancos de uso individualizado, em quantidade compatível com o número máximo de participantes autorizados para o local. Bancos de uso coletivo devem ser reorganizados e demarcados de forma a garantir que as pessoas mantenham o afastamento mínimo de 1,5m (um metro e meio) umas das outras, desde que não pertençam ao mesmo grupo social ou familiar. Os espaços destinados à recreação de crianças devem permanecer fechados. Por fim, os dispensadores de água benta ou outro elemento de consagração de uso coletivo devem ser bloqueados.
Fiscalização e novos leitos
Ao passo que vai intensificar a fiscalização para o efetivo cumprimento das medidas, o Governo de Alagoas segue com a política de fortalecimento da rede de atendimento, com foco especial no interior do estado. Além da abertura de novos leitos em União dos Palmares, está prevista para a próxima segunda-feira (06) a inauguração do Hospital Regional do Norte, em Porto Calvo, que terá inicialmente mais 10 leitos de UTI e 50 leitos clínicos exclusivos para atender pacientes com Covid-19.
Contudo, não é apenas com a ampliação de leitos que se combate uma pandemia. Como já observado em outros estados do Brasil, caso os principais indicadores relativos ao contágio e à letalidade continuem a aumentar, os procedimentos para abertura da economia precisam retroagir ao período mais rígido de isolamento social. A equação é simples: com o descumprimento das regras de distanciamento, a contaminação volta a crescer e gera um efeito cascata nos demais índices, como a própria taxa de ocupação de leitos e o número de óbitos.
“A ciência e a medicina orientaram para o isolamento. Somente assim é possível dar tempo de a rede hospitalar se preparar para atender as pessoas. É óbvio que, se tivermos um retrocesso, faremos o caminho inverso com a mesma naturalidade”, avisou o governador. “Se houver piora, o Estado terá, sem dúvida alguma, a serenidade de tomar uma nova medida a fim de proteger a vida do cidadão contra o coronavírus em Alagoas”, enfatizou Renan Filho.
Fonte: Agência Alagoas
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