O inverno oficialmente já acabou e a primavera começou no último dia 22 de setembro. Mas em Maceió, nem a nova estação foi capaz interromper as intensas chuvas que caem na capital desde 21 de maio.
É como se chovesse durante um terço de um ano inteiro, algo raro em se tratando de uma cidade do Nordeste. Como resultado, prejuízos para a Prefeitura e sofrimento para a população. Neste final de semana, já em fins do mês de setembro, ainda choveu – de forma esparsa, porém volumosa – em diversos pontos da cidade.
Diariamente a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) realiza uma intensa ação de tapa buracos em diversos bairros de Maceió, com em média 10 equipes em vários bairros e localidades. O prefeito Rui Palmeira já afirmou que dezenas de vias serão recuperadas após o fim do período chuvoso. Mas os 4 meses de chuvas já fazem do inverno de 2017 um dos mais longos das últimas décadas na cidade, para espanto das autoridades e da população.
O pior é que as chuvas que caem sem parar impedem a Prefeitura de realizar um serviço mais amplo de recuperação da cidade. A água acumulada nas vias impede a fixação do asfalto e qualquer serviço feito na chuva, que não paliativo, representa desperdício de tempo e de recursos públicos. A expectativa para o começo dos trabalhos é grande. O próprio Rui Palmeira já afirmou que aguarda somente a estiagem para as máquinas irem para as ruas.
“Estamos trabalhando, fazendo o que é possível mesmo com chuva. São 4 meses com chuvas intensas, o trabalho de recuperação emergencial e paliativa, principalmente na malha viária, vem sendo feito diariamente. O secretário Ib Brêda e as equipes tem se esforçado ao máximo. Mas podem ter certeza de que estamos somente aguardando a chuva dar uma trégua, para recuperarmos diversas vias da cidade. Em algumas já começamos. O trabalho vai ser intenso” afirmou Rui Palmeira.
Chuva começou em maio
No dia 21 de maio de 2017 tiveram início as chuvas em Maceió, que se estendem praticamente até hoje, tendo curtos períodos secos, causando grandes danos a capital. Os dias que antecederam o dia 27 de maio foram bastante chuvosos com pluviometria acumulada registrada de 349,8 mm. Quase o total esperado para todo o mês de maio, que é de 382,2 mm.
Os maiores volumes registrados, foram nos dias 26 e 27 de maio, 112 mm e 130 mm, respectivamente, onde chegaram diversas ocorrências, dentre estas deslizamentos com soterramento (07 vítimas fatais confirmadas e 01 desaparecido), desabamentos de casas, quedas de árvores e vários pontos alagados, além do transbordamento do Rio Jacarecica, Lagoa Mundaú e Rio Pratagy, causando inundações aos bairros próximos as suas margens.
Somente maio, foram registradas 3024 pessoas desalojadas, 258 pessoas desabrigadas e 507.200 pessoas afetadas por conta dos deslizamentos e inundações decorrentes dos grandes volumes pluviométricos registrados no dia 27 de maio.
As localidades mais atingidas encontram-se distribuídas pelos 07 (sete) complexos de risco: Complexo Benedito Bentes, Complexo Tabuleiro, Complexo Chã da Jaqueira, Complexo Lagoa Mundaú, Complexo Baixo Reginaldo, Complexo Alto Reginaldo, Complexo Litoral Norte. Grota da Cicosa e Grota do Pau D’Arco foram às áreas onde registraram os maiores deslizamentos de massa com desabamento total de residências e vítimas fatais.
Fonte: Assessoria
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