11/11/2017 07:45:00
Alagoas
Cresce nº de corpos identificados que são enterrados como indigentes em Maceió
Até outubro de 2017 foram 30 casos, contra 22 em todo o ano de 2016 e 12 em 2015. Segundo a Perícia Oficial, esses corpos foram identificados, mas familiares nunca os procuraram.

O número de corpos enterrados como indigentes mesmo tendo sido identificados pelo Instituto de Medicina Legal (IML) de Maceió até outubro de 2017 já é maior que o registrado em todo o ano passado. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (10) pela Perícia Oficial de Alagoas.


Segundo o órgão, o aumento do número se deve ao fato de as famílias não providenciaram a liberação dos corpos após a identificação.

 


Os dados divulgados pela Perícia mostram que em 2017 já foram 30 corpos enterrados nessas condições. Em todo o ano passado, foram 22 e em 2015, 12. Do total registrado nestes três anos, 7 corpos eram do sexo feminino e outros 57 do sexo masculino.

 


Atualmente, corpos de oito pessoas já identificadas ainda aguardam liberação das famílias para sepultamento:


José Justino de Souza;
José Adilson Lins da Silva;
Romário Araújo da Silva;
José Marcelino da Silva;
Manoel Carlito dos Santos;
Marcelo José da Silva;
José Douglas da Silva;
e José Vencelau da Silva.

 


De acordo com a odontolegista Cláudia Ferreira, responsável pelo controle dos registros dessa natureza, quando um corpo não identificado chega ao IML, é realizada uma necropapiloscopia. Nesse procedimento, as impressões digitais do morto são comparadas com os registros do banco de dados do Estado.

 


Após esse exame, é realizado o de arcada dentária, feito a partir da ficha ortodôntica apresentada pela família e, em último caso, um teste de DNA.

 


“Na maioria dos casos, o corpo já é identificado no primeiro exame. No entanto, o tempo passa, e a família não procura o IML para realizar a liberação do cadáver para sepultamento, o que obriga a administração do órgão a solicitar o enterro desses corpos não reclamados”, explica Cláudia.

 


O chefe especial do IML, o perito médico legista Fernando Marcelo, reafirmou a importância de pessoas com parentes desaparecidos criarem o hábito de irem consultar a lista de pessoas identificadas, antes que elas sejam enterradas como indigentes.

 

 

“Quando o cadáver já está sepultado, a burocracia aumenta. É necessária uma exumação administrativa para entregar o corpo à família à qual pertence”, diz Marcelo.

 

 

Fonte: G1/AL

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