O número de veículos circulando em Maceió tem aumentado a cada ano. Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Alagoas, são 312.529 somente na capital. Na mesma proporção, crescem o número de acidentes em ruas e avenidas.
Um levantamento da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) aponta que, neste ano, a quantidade de acidentes até setembro foi maior que a registrada no mesmo período de 2016, passou de 2.480 para 2.880, a maioria causada por imprudência, como mostram as imagens das câmeras de trânsito.
O responsável pelo setor de estatística da SMTT, José William, explicou que muitos acidentes acontecem por falta de atenção, desrespeito à sinalização ou ao limite de velocidade permitido.
“Por isso a necessidade cada vez maior de tanta fiscalização para tentar coibir esses acidentes que ocorrem algumas vezes por motivo banal ou falta de atenção”, comentou.
Cinco avenidas são consideradas as mais críticas na capital. A primeira é a Durval de Góes Monteiro, no Tabuleiro do Martins, que teve 125 acidentes no período de janeiro a agosto deste ano. Seguida pela Menino Marcelo, a antiga Via Expressa, com 102 casos; Fernandes Lima, com 94 registros; Comendador Gustavo Paiva, em Mangabeiras, com 47; e Av. Cachoeira do Meirim, no Benedito Bentes com 36.
Na Durval de Góes, as colisões são quase sempre traseiras ou laterais. “É a segunda principal avenida [da cidade], que liga vários bairros, o fluxo de carros é maior”, disse William.
Já na Av. Menino Marcelo, segundo a SMTT, a maioria dos acidentes envolve excesso de velocidade. “É uma via larga, mão dupla e com um fluxo rápido, mas tem a limitação de 60 quilômetros e o pessoal não respeita”, falou.
Ainda segundo os dados da superintendência, os carros são o tipo de veículo que mais se envolve em acidentes de trânsito, foram 1318 até agosto deste ano. Em seguida vêm os ônibus (219) e as motocicletas (320).
Sobre os acidentes com os ônibus, a SMTT disse que eles acontecem mais por ultrapassagem perigosa na faixa azul, em cruzamentos ou veículos parados em esquinas, e informou que está fazendo um levantamento para criar um mapa de onde há mais ocorrências.
“Estamos tentando ver se há alguma falha na sinalização ou se aquele ônibus precisava circular naquela região. Ver se aquele ônibus foi o culpado pelo acidente ou se alguma coisa na via está possibilitando isso”, falou José William.
Com relação às motos, o tráfego no corredor entre as faixas delimitadas no asfalto é apontado como a maior causa. “Vemos muitos acidentes com motociclistas entre os veículos, o chamado corredor. O motociclista tem que se comportar como outro veículo, mas muitos não age dessa forma. Antes, era proibido andar no corredor. Hoje ele pode ter essa mobilidade, mas tem que se preocupar com a distância de segurança”, observou.
José William destacou que muitos dos acidentes são leves, mas geram muitos transtornos porque veículos permanecem na via e prejudicam o trânsito. "Existe já uma decisão de retirar o veículo da via quando não há vítima no local. Pode fazer o registro fotográfico de como foi o acidente etirar o veículo", explicou.
A avenida que mais sofre com esse tipo de congestionamento é a Fernandes Lima.
Para diminuir a quantidade de acidentes, a prefeitura de Maceió implantou o sistema de fiscalização eletrônica. Dez pardais já haviam sido instalados em 2016. No final do mês passado, mais 13 equipamentos começaram operar. A Faixa Azul também ganhou fiscalização eletrônica.
De acordo com a SMTT, Os locais para instalação dos equipamentos levam em conta o risco de acidentes e infrações que são registradas em determinados pontos da cidade.
Fonte: G1
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