Tribunal de Justiça de Alagoas e representantes da Segurança Pública do estado se reuniram nesta quinta-feira (17) para discutir a “relação harmônica” entre as instituições.
A reunião foi realizada depois de a Associação Alagoana de Magistrados (Almagis) divulgar uma nota de repúdio à atitude de policiais militares que aparecem em um vídeo abordando uma mulher na porta de casa, e criticando a decisão judicial que lhe concedeu liberdade provisória. Ela tinha sido presa poucos dias antes, na posse de oito armas
Segundo o TJ-AL, o secretário da SSP, Lima Júnior, disse ainda que o Judiciário sempre poderá contar com o apoio da PM e de todos que fazem a segurança pública em Alagoas.
“O Poder Judiciário e a Segurança Pública, em especial a Polícia Militar, estão unidos. Não é um fato isolado que vai arranhar o relacionamento das instituições”, afirmou o secretário.
O desembargador Otávio Praxedes falou sobre o respeito que tem pelo trabalho dos policiais militares e ressaltou que a harmonia entre as instituições é histórica e benéfica para a população de Alagoas.
Também participaram da reunião o comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Marcos Sampaio; o chefe da Assessoria Militar do TJ, coronel Elias Silva de Oliveira, e os juízes Maurício Brêda, Carlos Cavalcanti e Hélio Pinheiro.
O presidente da Almagis, juiz Ney Alcântara, também participou do encontro. Ele falou sobre o assunto na última terça-feira (15) no pleno do TJ. Para ele, os policiais ciriticaram a Justiça sem ter conhecimento técnico da lei.
“Isso já aconteceu outras vezes. Ou seja, policiais militares que querem questionar a legalidade de atos praticados pelo Poder Judiciário. Essa situação atinge o Estado Democrático de Direito, onde você incita uma população, sem conhecimentos técnicos, contra a magistratura e o Poder Judiciário”, disse o magistrado.
“Provavelmente eles sabem que o juiz tem suas decisões fundamentadas na legislação, mas então por que ironizar e criticar a decisão judicial? Por que antes das críticas não analisam a legislação?", questionou Ney Alcântara durante seu discurso aos demais colegas.
Fonte: G1/AL
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