20/03/2018 09:24:51
Alagoas
Mãe que matou dois filhos é condenada a 80 anos de prisão em Maceió
Arlene Régis dos Santos vai continuar presa no Manicômio Judiciário. Crime ocorrido há 9 anos vitimou meninos de 12 e 7 anos.
(Foto: George Arroxelas / G1

A mulher que matou dois dos três filhos há 9 anos foi condenada, na noite desta segunda-feira (19), a 80 anos de prisão. Arlene Régis dos Santos vai continuar cumprindo pena no Manicômio Judiciário.

 

 

Ao final do júri popular que aconteceu no Fórum da Capital, no Barro Duro, em Maceió, o juiz John Silas, que presidiu a sessão e proferiu a sentença, disse que a pena corresponde a questões qualificadoras do crime.

 

 

“A pena base foi de 20 anos, mas teve aumentos e qualificadoras para cada filho. Ela foi condenada a 40 anos por matar cada filho. Como são dois, coube a pena de 80 anos”, esclareceu o juiz.

 

 

O magistrado disse ainda que Arlene deve continuar internada em um centro psiquiátrico, mesmo com a prisão preventiva.

 

 

“Até um novo laudo, ela deve permanecer lá mesmo com a prisão decretada. Ela tem um transtorno que precisa ser tratado. Não é só jogar na cadeia. O laudo pericial e os jurados entenderam que ela era plenamente capaz de entender o ato ilícito feito por ela à época do crime”, enfatizou o juiz.

 

 

O pai das crianças, Abelardo Pedro Nobre contou que havia pedido a separação antes dos assassinatos. Em juízo, ele detalhou a relação conturbada que tinha com a ré e também falou da carta encontrada após o crime, escrita por Arlene, que explicava os motivos do crime.

 

 

Crime


No dia 29 de setembro de 2009, Arlene estrangulou Antony Pedro Santos Nobre, de 7 anos, e esfaqueou Abelardo Pedro Neto, de 12. Ela foi presa em um centro psiquiátrico, recebeu alvará de soltura, mas a família preferiu mantê-la em tratamento.

 

 

No início do julgamento, ela chegou acompanhada de um policial militar e de uma enfermeira. O juiz fez perguntas básicas, como nome e idade, mas ela não respondeu e permaneceu em silêncio.

 

 

O advogado da defesa, Cristiano Barbosa, recorreu da decisão e disse se tratar de uma pena exarcerbada. “No mínimo, teria que ter uma pena reduzida por conta da doença. Os jurados desconsideraram um laudo médico que declarava que ela não sabia em partes o que estava fazendo. Vamos insistir nessa tese”, declarou.

 

 

 

Fonte: G1 

 

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