18/09/2017 12:00:39
Alagoas
Mercado de Tecnologias da Informação e Comunicação cresce em Alagoas
Pesquisa desenvolvida pela Seplag apresenta comportamento da mão de obra do setor no Estado
(Foto: Minne Santos)De acordo com o levantamento, a área de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) representou, no período de tempo analisado, cerca de 2,5% dos empregos do setor produtivo do Estado

Com um grande poder de afetar diretamente a economia, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) vêm desempenhando um papel cada vez mais importante quando o assunto é o aumento do poder competitivo de uma empresa. Para se destacar e sair na frente, hoje em dia, é preciso que se ande de mãos dadas com a inovação tecnológica e que se esteja atento às mudanças que ocorrem neste mercado.

 

 

Foi justamente pensando em ampliar as noções do desempenho do setor de TICs em território alagoano que a Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc), vinculada à Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), desenvolveu um estudo que analisa a mão de obra da área.

 

 

De acordo com o pesquisador da Sinc, Allisson Nascimento, o intuito da nota técnica, que está disponível no Portal Alagoas em Dados, é aprofundar cada vez mais os conhecimentos acerca do tema, que até agora não tem sido muito explorado por pesquisadores do Estado.

 

 

“Avaliar o número absoluto de empregos, a nível regional, possibilita maior riqueza de detalhes para dimensionar o setor, bem como entender as características do mercado de trabalho e como se dá a sua dinâmica”, explica.

 

 

Segundo ele, por meio do estudo, fica claro que os perfis dos trabalhadores da área são distintos, principalmente quando se passa a analisar separadamente os segmentos de Tecnologia da Informação e o de Comunicação.

 

 

“Além de ficar mais fácil de perceber os reflexos que a evolução temporal traz para a área, ao fazer uma análise, é possível mapear este segmento, detalhando com mais riqueza de informações o perfil do empregado”, afirma o pesquisador.

 

 

Números

 

 

De acordo com o levantamento, a área de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) representou, no período de tempo analisado, cerca de 2,5% dos empregos do setor produtivo do Estado. A partir dele, pôde-se constatar que, na área de Tecnologia da Informação, a maior parte da mão de obra é formada por homens (66,36%), enquanto que no setor de Comunicação, aproximadamente, 60% da força de trabalho é composta por mulheres.

 

 

“Este desequilíbrio observado na estrutura do mercado de trabalho pode estar relacionado ao fator desemprego, que afeta a população feminina com maior intensidade. Notamos que o empregado masculino, no setor de TICs, é maioria e ganha mais que as mulheres. O interessante é notar que mesmo com as mulheres ganhando espaço no mercado de trabalho, ao longo das últimas décadas, ainda há certa discriminação quando se leva em consideração as remunerações salariais”, explica Allisson Nascimento.

 

 

Outro ponto importante pesquisado na área foi a faixa etária dos empregados, que geralmente evidencia se o setor é formado por pessoas ativas no mercado de trabalho ou por jovens que estão no seu primeiro emprego. No estudo, o segmento de Comunicação é o responsável pela grande parte da captação desses jovens, já que mais da metade dos empregados tem de 18 a 24 anos.

 

 

“Constatamos que 56,56% dos empregados na área de Comunicação é formada por jovens que estão no seu primeiro trabalho, com pouca experiência, baixos salários e nível médio completo. Além disso, é possível perceber que, em relação ao grau de instrução, o segmento de TI tem profissionais mais capacitados, 29,35% possuem nível superior e apresentam produtos e serviços mais sofisticados”, afirma.

 

 

Para o superintendente de Produção da Informação e do Conhecimento da Seplag, Thiago Ávila, é imprescindível que a área de Tecnologia da Informação e Comunicação seja cada vez mais interpretada como objeto de pesquisa de estudiosos, já que ela possui um grande potencial de crescimento e desenvolvimento não só em Alagoas, mas no mundo todo.

 

 

“O Estado de Alagoas, nos últimos anos, assim como outros, construiu um ecossistema digital muito importante. Acompanhar a movimentação do emprego em qualquer atividade econômica é algo fundamental porque quando há crescimento do saldo de empregos, há crescimento econômico, então é cada vez mais necessário que continuemos a analisar essa área, que é tão promissora para o desenvolvimento socioeconômico de Alagoas”, afirma.

 

 

De acordo com o superintendente, a expectativa é que mais estudos sejam desenvolvidos pela Seplag na área de Tecnologia da Informação e Comunicação.

 

Fonte: Seplag

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