Uma aula a céu aberto, em meio a corais, peixes coloridos e um mar de águas cristalinas. Esse é o cenário oferecido a turistas e alagoanos, como forma de lhes proporcionar um passeio diferenciado e apresentar um pouco sobre a fascinante biodiversidade que habita as piscinas naturais da enseada da Pajuçara, em Maceió.
A excursão ecológica é uma parceria entre o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) e o restaurante Lopana que, desde o dia 23 de julho deste ano, realizam visitas periódicas às piscinas naturais, nas quais os tripulantes podem admirar a beleza do local e explorar, ao lado de uma equipe de biólogos do IMA, alguns dos inúmeros organismos marinhos que vivem na região.
“Com essa parceria queremos levar consciência ambiental e sensibilizar os turistas e a própria população alagoana sobre a importância da preservação de nossos recifes”, disse Gustavo Lopes, diretor-presidente do IMA.
Eduardo Salles, proprietário do Lopana, afirmou estar satisfeito com a parceria: “Estamos muito felizes por poder agregar à nossa programação esta proposta, que vai muito além do lazer e do turismo”, contou o empresário.
A programação é geralmente aos sábados, com horários que variam de acordo com a previsão das marés, e tem uma duração de três horas. O próximo passeio está agendando para o dia 30 de outubro, às 9h30.
Itinerário
Com partida e chegada no Lopana, a primeira parada é no recife da Ponta Verde, onde os biólogos e consultores ambientais do IMA falam sobre a Pedra Virada, um recife de coral que, não suportando o próprio peso, acabou tombando e ficando com boa parte de sua estrutura exposta.
No trajeto, os tripulantes descem do catamarã e participam de uma aula de campo e podem observar a biodiversidade do local, enquanto os biólogos coletam corais mortos e sedimentos para explicar a função do recife.
Na segunda parada, os participantes visitam a piscina natural da Pajuçara e as proximidades da Piscina do Amor – transformada em Zona de Exclusão desde 2015 –, encerrando o passeio no banco de areia da Ponta Verde, área onde os tripulantes podem tomar banho sem preocupação com as pedras.
A atividade faz parte de um projeto do IMA ‘Navegando com o Meio Ambiente’, também conhecido como Barco-Escola, que, desde 2009, já levou crianças, jovens e adultos de diversas escolas, associações e instituições de caridade para conhecer o Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM).
Do valor de cada passeio, que custa R$ 35 por pessoa - o mesmo valor cobrado pelas demais saídas turísticas convencionais do catamarã -, R$ 10 serão destinados ao IMA para a aplicação em projetos de preservação das piscinas naturais.
Além disso, a parceria prevê a utilização da estrutura de wi-fi presente no catamarã para a instalação de câmaras de monitoramento na Piscina do Amor.
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