O reconhecimento da arte alagoana é realidade. A participação de diversas peças do Estado no maior evento do segmento na América Latina constata o feito. Trata-se da 5ª edição da Design Weekend, que acontece entre os dias 10 e 14 próximos, na cidade São Paulo, em mais de 150 estabelecimentos, entre lojas, museus, shoppings e galerias de arte.
A primeira-dama de Alagoas, Renata Calheiros, comemora a participação das intervenções artísticas dos designers e artesãos da Ilha do Ferro, do município de Pão de Açúcar, e relembra o desenvolvimento do grupo Design Armorial, composto pelos artistas Rodrigo Almeida, Maria Amélia Vieira, Dalton Costa e Rodrigo Ambrósio, apoiados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur).
“Venho acompanhando a história e a atual produção do artesanato alagoano e fico muito feliz pelo reconhecimento que os envolvidos estão conquistando. Ter visitado a Ilha do Ferro durante a imersão desses artistas no ambiente em que os artesãos criam e trabalham foi uma experiência única. A exposição das peças na Design Weekend representa a qualidade na arte alagoana,” ressaltou ela.
A primeira-dama explica que o grupo Armorial, com o projeto Afluentes, é fruto da interação direta entre designers e artesãos locais e a valorização da cultura material e imaterial da região, que também tem apoio da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), do Governo do Estado de Alagoas, Galeria Karandash e Galeria Legado de Arte.
Segundo o designer Rodrigo Ambrósio, ícone alagoano no segmento, considerado revelação em 2014, valorizar as raízes nordestinas é um traço permanente dos seus trabalhos. O que faz dele um profissional múltiplo.
“A Design Weekend converge várias tribos e pensamentos em torno do tema e é o principal evento da América Latina. Me cobro muito para apresentar o que temos de melhor, trazer as nossas raízes e tudo que possa contribuir para o design nacional”, disse Ambrósio.
Conheça algumas das peças que serão expostas pelo designer Rodrigo Ambrósio e do Mestre Valmir, da Ilha do Ferro.
GUARDIÃO / Banco / Madeira Craibeira
A interação direta entre a madeira e os vergalhões de ferro que a guardam é uma singela homenagem ao saudoso 'Seu Fernando da Ilha do Ferro'. A peça, soldada e montada com as limitações tecnológicas locais, tem um entalhe com a frase; 'A Boca do Vento tem seu Guardião'.
CARRANCA / Vaso / Madeira Craibeira
O nó de craibeira em forma de barca inconstante acolhe o copo de cristal. A boca de carranca é uma alusão imagética que protege as águas do rio São Francisco.
CALANGO / banco / madeira pereiro
Flora que exalta fauna, galho que vira bicho. Aqui, a organicidade natural ganha forma e a corda náutica a amarra à contemporaneidade.
MOXOTÓ / luminária / madeira craibeira
Um dos afluentes do rio, Moxotó também é barco naufragado próximo à ilha. A peça tem movimento, com fio e cajado ancorados na imaterialidade local.
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