Estudar o comportamento e a mente humana faz parte do dia a dia do profissional da área de Psicologia. Algo que pode ser constatado ao acompanhar a rotina dos profissionais que atuam no sistema prisional alagoano.
O trabalho desenvolvido pelos psicólogos da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) nos presídios ultrapassa os limites das celas, passando pelo acompanhamento do processo de reinserção social nas ruas, atuando de forma individual e multidisciplinar.
São feitos exames diagnósticos, com o objetivo de elaborar o projeto individual da pena, e prognósticos, voltados para as instruções processuais. A partir daí é feito o resgate da cidadania dos internos e efetivada a reintegração social.
Além dos custodiados que se encontram nas unidades prisionais, os reeducandos do regime semiaberto também dispõem de acompanhamento psicológico, que busca orientá-los no processo de retorno à sociedade. Os atendimentos também se estendem aos prestadores de serviço e servidores, inclusive na área de acompanhamento clínico.
A Seris ainda conta com uma comissão técnica de classificação que possui um papel mais complexo. Nela, os psicólogos atuam no exame criminológico solicitado pela Vara de Execuções Penais, em conjunto com psiquiatras e assistentes sociais. Os exames realizados são requisitos essenciais para a progressão de regime em casos de crimes hediondos ou equiparados.
Existem ainda psicólogos que atuam no Centro Psiquiátrico Judiciário (CPJ). Nesta unidade, eles fazem um acompanhamento diferenciado, pois os internos cumprem medidas de segurança e necessitam de acompanhamento psiquiátrico e psicológico intensivo.
Apesar dos desafios, a coordenadora de Psicologia da Seris, Marina Miranda, destaca o empenho dos profissionais. “Eu posso afirmar que me orgulho em ter uma equipe que a cada dia tenta se reinventar para buscar novos e melhores resultados no processo de ressocialização”, afirmou.
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