O Governador Renan Filho assinou, nesta segunda-feira (20), a ordem de serviço para a manutenção da ponte do Gunga, no Litoral Sul. Na ocasião, ele comentou a atual situação econômica nacional e opinou que o Brasil "está enfrentando mal a crise" no início do governo Bolsonaro. O assunto foi abordado em uma reportagem publicada no jornal Gazeta de Alagoas do último final de semana.
Durante o evento, o governador citou a Reforma da Previdência, que, na opinião dele, não está andando devido a dificuldades internas e políticas. "Isso tem trazido muita dificuldade. O Brasil precisa de outra agenda além da Reforma da Previdência, uma agenda que cuide da geração de emprego, da revisão do ambiente de negócio, que amplie a segurança jurídica e a previsibilidade da economia, que reveja tributos no País, dado que temos um sistema tributário que penaliza o empreendedor".
Ele ressaltou ainda a possível queda de arrecadação caso essas medidas não sejam adotadas a tempo. "Se isso não andar, certamente levará a uma queda de arrecadação. Isso já tem se verificado em várias unidades da federação, mas em Alagoas ainda não tivemos essa queda. Estamos crescendo um pouco esse ano, mesmo com as dificuldades da crise", apontou.
Renan Filho disse não acreditar numa queda de 20% no Fundo de Participação dos Estados (FPE), previsão feita pelo secretário da Fazenda, George Santoro. A questão também foi tratada na Gazeta de Alagoas. "Acho difícil que o FPE caia 20% esse ano. Acho que, se a gente não fizer a Reforma da Previdência, certamente ele vai cair. O que tem havido são compensações imediatas e isso tem gerado algumas dificuldades, mas ainda não tem queda do FPE".
Segundo ele, esse contingenciamento afeta, sobretudo, as políticas públicas tocadas pelo governo federal, principalmente a saúde e educação. "Se sofre o Hospital Universitário, certamente sofre a saúde pública de Alagoas. Se sofrem a universidade pública federal e os institutos federais, sofre Alagoas. O governo federal tem feito poucos investimentos no Brasil nos últimos anos", afirmou.
A situação, acrescentou o governador, deve causar dificuldades em obras realizadas no Estado. "Algumas obras importantes vão enfrentar dificuldades por causa da crise e a principal delas é o Canal do Sertão, uma obra muito grande tocada com recursos federais. Venho trabalhando duramente para manter os investimentos, com o governo federal diminuindo ano a ano pela dificuldade da capacidade da União".
Renan Filho ainda comentou, durante a assinatura, sobre a possível saída da Braskem de Alagoas. "Primeiro a Braskem tem que garantir a segurança na exploração aqui. Não dá para ficar brincando com segurança. Garantindo a segurança, ela deve continuar operando. Várias áreas no Estado, jazidas de sal-gema, não estão abaixo de área urbana. Acho que essa seria uma boa providência de estudo. É óbvio que Alagoas não quer a saída de qualquer investimento, qualquer empresa que gera emprego, entretanto, vamos priorizar sempre a segurança", disse.
Fonte: GazetaWeb
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