Após a repercussão da mídia alagoana sobre o salário dos servidores públicos do Estado, em meio à crise econômica vivenciada nos estados brasileiros, o governador Renan Filho reforçou em entrevista, nesta terça-feira (2), a importância da aprovação da renegociação da dívida pelo Congresso Nacional, para que Alagoas continue a honrar o compromisso com o funcionalismo público, mantendo uma posição diferenciada em relação aos outros estados do Nordeste.
O governador ressaltou que o atual cenário da economia brasileira é difícil, e que atualmente alguns estados já não estão pagando os salários dos servidores. Segundo ele, com serenidade e prudência Alagoas, pela renegociação da dívida, deve concluir 2016 de forma positiva, o que possivelmente não deverá acontecer com outros estados da região.
O chefe do Executivo estadual declarou que não pode criar um sentimento de terror nos servidores públicos por decisões próprias, não podendo, também, tomar uma decisão que, de repente, leve Alagoas ao caos, como outros governantes já fizeram.
“Eu sou defensor que todos tenham a sua opinião, eu concordo em muitas coisas com a CUT e divergi-o em algumas. Uma que eu sempre digo é que a gente tem que ter cuidado com relação a este momento. O que está acontecendo no Brasil não é brincadeira e nós estamos realizando porque o estado está de pé, se o estado não tivesse de pé a pauta seria outra, como está acontecendo em outros estados do Brasil, por isso vamos ter a prudência necessária para governar um estado pobre no Brasil em crise neste momento”, declarou Renan Filho.
O governador ressaltou que a economia do país é uma coisa muito imediata, o cenário hoje é um e amanhã pode mudar. O Brasil, segundo ele, precisa fazer algumas reformas estruturantes. Ele pontuou que o país precisa enfrentar os seus grandes problemas de frente. “O Brasil precisa fazer uma reforma na previdência, precisa estabelecer uma idade mínima pra aposentadoria, dentre outras mudanças”, explanou ele.
“Não depende só de nós. Eu acho que o Governo do Estado tem feito dever de casa pra manter os salários em dia no segundo semestre, já fizemos no primeiro, que não foi fácil. Este mês, por exemplo, é o mês de pior arrecadação do ano, um mês onde por conta da restituição do Imposto de Renda, a arrecadação de FPS e do ICMS cai muito, porque neste período historicamente a economia gira menos, de maneira que é um mês muito duro. Por isso estamos vendo em todo o Brasil essas dificuldades, mas eu acredito que mantendo as condições vigentes no momento, nós temos condições. Não significa dizer que está fácil, está muito duro”, concluiu o governador do estado.
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