Ressocialização forma mais uma turma de mecânico de motocicletas
Apenados vislumbram futuro melhor a partir das oportunidades criadas pela Gerência de Educação, Produção e Laborterapia da Seris
Qualificações ofertadas nas unidades prisionais transformam a vida dos custodiadosGerar trabalho para os reeducandos é uma das missões da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), mas, para isso, é necessário qualificação. Na noite de quinta-feira (10), no Núcleo Ressocializador da Capital, quinze custodiados foram formados no curso de Mecânica de Motocicletas. Com essa conquista eles têm um grande motivo para sonhar com um futuro digno, por meio do trabalho, depois que a pena no sistema prisional for cumprida.
O curso de Mecânica é fruto de uma parceria firmada entre a Gerência de Educação, Produção e Laborterapia da Seris com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal). Durante os seis meses, os alunos tiveram aulas sobre o funcionamento e manutenção das motocicletas. Ao término do curso, eles receberam o certificado que os tornam aptos ao trabalho nas oficinas.
Para a gerente de Educação, Produção e Laborterapia, Andréa Rodrigues, a ação faz parte dos esforços da Seris para propiciar aos custodiados oportunidades de crescimento profissional.
"A qualificação proporciona não só conhecimento, mas, também, melhoria na autoestima dos reeducandos. Eles ficam mais confiantes e preparados para enfrentar o mercado de trabalho de forma digna quando estiverem em liberdade", disse.
Oportunidades
Dezenas de apenados foram formados nos presídios alagoanos nos últimos anos. Os custodiados foram qualificados para desempenhar vários serviços, como depilação, manutenção predial, encanação, operação de áudio e pedreiro de alvenaria. Atualmente, cerca de 250 custodiados estão trabalhando no sistema prisional.
Trabalho na sociedade
Graças às parcerias firmadas entre o setor de Reintegração Social da Seris com 26 órgãos públicos e privados em todo o Estado, mais de 400 apenados dos regimes aberto e semiaberto estão empregados fora do sistema prisional. Vale ressaltar que menos de 2% desses trabalhadores viram reincidentes. Esse percentual representa a menor taxa do país.
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