Números que não param de crescer. Em Alagoas, este ano, 301 crianças e adolescentes, a maioria do sexo feminino, foram vítimas de violência sexual, que envolve práticas como abuso, exploração e ato libidinoso. Maceió, Arapiraca, Rio Largo, União dos Palmares e Marechal Deodoro são os municípios que lideram a estatística.
A contagem de casos no Estado revela, ainda, outra situação triste: têm aumentado as situações de exploração sexual dentro do lar. Dependência econômica e medo fazem muitas vítimas se calarem, entre outros motivos.
O levantamento do Fórum dos Conselhos Tutelares aponta que houve um acréscimo do número de ocorrências de 10% a 15% em relação ao mesmo período do ano passado.
José Edmilson de Souza, presidente do Fórum, afirma que a maioria das vítimas tem idade entre 12 e 17 anos, meninas, e muitas delas se submetem à exploração sexual para comprar comida.
“As meninas representam mais de 85% dos casos registrados pelos conselhos tutelares. Existe a diferença entre exploração e abuso. A exploração é quando há a troca de algo pelo ato sexual, e abuso, quando o indivíduo se aproveita para se satisfazer em seus atos”, explica.
O presidente do Fórum dos Conselheiros Tutelares lembra que há ocorrências desse tipo em todas as classes sociais, só que as de baixo poder aquisitivo continuam gerando mais denúncias.
Fonte: gazetadealagoas
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