01/11/2016 20:45:28
Brasil
Deputado é alvo de operação da PF contra desvio de recursos no TO
Polícia Federal cumpre 24 mandados, 10 de condução coercitiva
Foto: DivulgaçãoOperação da PF realizada na Prefeitura de Araguatins
G1

A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (1º) 24 mandados, 14 de busca e apreensão e 10 de condução coercitiva - quando alguém é levado para depor - para apurar fraudes em licitações e desvios de recursos públicos de R$ 4 milhões. Entre os alvos da Operação Full House está o deputado estadual Rocha Miranda (PMDB) e o atual prefeito Lindomar Lisboa (PSB).

 


A reportagem tenta contato com a Assembleia Legislativa e com o gabinete do deputado alvo da operação. O secretário de administração da Prefeitura de Araguatins, Josenildo Marques Amado, disse que documentos relacionados a obras da gestão anterior foram levados pela Polícia Federal. Segundo ele, o prefeito foi para Araguaína em carro próprio para prestar depoimento. A nossa reportagem ainda tenta contato com a defesa do prefeito.


Participam da operação cerca de 60 policiais federais. Os mandados judiciais foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região nos municípios de Araguaína, Araguatins, São Bento do Tocantins, Palmas e também em Imperatriz (MA).


A PF disse que havia um esquema criminoso que desviava recursos públicos federais através de fraudes em licitações que ocorriam a partir de três empresas ligadas a parentes e amigos do ex-prefeito, hoje deputado estadual, Rocha Miranda. As fraudes teriam continuado na gestão do atual prefeito, conforme a polícia.


A PF informou ainda que uma das empresas é do genro do deputado estadual. A outra, do ex-secretário de administração, atualmente assessor partamentar de Rocha Miranda. A terceira empresa, segundo a polícia, foi criada apenas para participar das fraudes nos processos licitatórios.


As empresas ficaram responsáveis pela execução de 11 obras. Segundo a polícia, algumas foram concluídas, mas a maioria está inacabada. Entre elas, três creches do programa Proinfância, um posto de saúde e a casa da cultura da cidade.


A polícia explicou que o desvio de R$ 4 milhões foi calculado em razão das obras não concluídas.

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