Nesta segunda-feira (22), o Brasil celebra o Dia do Folclore. É uma data em que se comemoram, sobretudo, as tradições culturais do País. Frequentemente associado a fábulas, lendas ou sagas difundidos pela tradição oral, o folclore – que significa conhecimento popular – traz consigo uma parte expressiva da cultura nacional, englobando vasta gama de manifestações, como maracatu, bumba meu boi, mamulengo, orquestra do cavalo-marinho e tambor de crioula, entre tantas outras.
O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC), mantém programas e ações focados exclusivamente na preservação das culturas populares. Em todo o país, por exemplo, o MinC financia, via editais, atividades de Pontos de Cultura que trabalham diretamente com culturas de matriz indígena, cigana e africana.
Cultura e identidade
Para a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural designada, Renata Bittencourt, celebrar o Dia do Folclore exige uma abertura para a compreensão da riqueza e da complexidade encerrada nas tradições culturais, que se transformam e se ampliam constantemente. "Devemos cada vez mais adquirir consciência do imenso valor das criações culturais que são reinventadas por indivíduos e comunidades, as mais diversas, que assim encontram modos de expressar suas visões de mundo e suas identidades", destacou.
As ações promovidas pelo MinC, inseridas em programas como a Política Nacional de Cultura Viva, visam a preservação de um de universo simbólico próprio, formado pela influência de diversos costumes, cores, ritmos, poesias e sabores. "Por isso, é central a valorização de manifestações valiosas, como a arquitetura indígena, as narrativas expressas na cultura oral, os mitos encerrados na espiritualidade herdada da África, as variantes regionais da alimentação brasileira, assim como os múltiplos saberes que tornam vivas as festas tradicionais encontradas de norte a sul do País", afirma Renata. "Dessa maneira, atualizamos os sentidos do termo folclore, fazendo com que nele caiba a capacidade de criação infinita e dinâmica dos povos", destacou.
Patrimônio
Parceria mantida pelo MinC ajuda a viabilizar projetos de fomento à cultura popular, como o Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, realizado anualmente em Alto Paraíso de Goiás (GO). Em sua 16ª edição, realizada em julho deste ano, o evento reuniu expressões culturais tradicionais do Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Minas Gerais e de outras unidades da Federação, priorizando grupos da região da Chapada: a Catira e a Curraleira, dos foliões de São João da Aliança; a Sussa, dos Kalungas do Vão do Moleque e do Vão de lmas; o Lundu e o Batuque, da Caçada da Rainha, de Colinas do Sul; e o Congo, da comunidade de Niquelândia.
Na avaliação da diretora da Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, Tila Avelino, que organiza o evento e outras atividades ao longo do ano, os incentivos oferecidos pelo Ministério da Cultura permitem o resgate cultural de tradições que teriam se perdido se não fosse o apoio da pasta. "Essa integração conserva viva a memória de legados como a Caçada da Rainha, festa que reconta a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel. Além de promover uma aproximação entre grupos indígenas e quilombolas. É importante que, neste dia, possamos relembrar a importância da essência da nossa cultura popular. Nosso trabalho é evitar que esse patrimônio seja esquecido", ressaltou Luciana.
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