A Justiça decretou, nesta sexta-feira (9), a prisão preventiva do vereador e prefeito eleito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB). Ele é acusado de ser um dos responsáveis por lavar o dinheiro do tráfico de drogas comandado pela facção criminosa PCC. Até as 12h, o político ainda não havia sido localizado pela polícia e era considerado foragido.
Além de Santos, outras 13 pessoas são alvo de mandados de prisão na operação batizada de Xibalba, que é comandada pelo Ministério Público (MP). Também foram expedidos 49 mandados de busca e apreensão.
De acordo com a denúncia do MP, Santos lavava as quantias arrecadadas pelo crime organizado com o tráfico em postos de combustível. Em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral, o político afirmou ser dono ou sócio de seis estabelecimentos do tipo e possuir 1,6 milhão de reais em espécie. Ele declarou um patrimônio total de R$ 2,065 milhões.
Como mostrou o SPTV, esta não é a primeira vez que o prefeito eleito de Embu das Artes tem o nome ligado ao PCC. Em 2010, a polícia apreendeu computadores, máquinas de contar dinheiro e uma Ferrari avaliada em mais de R$ 1 milhão em seus endereços. À época, ele era acusado de uma extensa lista de crimes, que inclui lavagem de dinheiro, estelionato, sonegação fiscal, adulteração de combustível e formação de quadrilha
Santos é o segundo prefeito eleito na Grande São Paulo a entrar na mira da Justiça nesta semana. Na terça-feira (6), Rogério Lins (PTN), que saiu vencedor na última eleição de Osasco, já havia tido a prisão decretada por suposto envolvimento com um esquema que desviou cerca de R$ 21 milhões dos cofres públicos, também segundo o MP.
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