O ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou ontem (1) que em nenhuma hipótese o Enem 2016, marcado para este fim de semana, será cancelado. Realizarão as provas alunos que não fizeram as provas antes por que as escolas onde ocorreria o exame foram ocupadas por estudantes contrários à Proposta de Emenda Constitucional 241 (atual PEC 55).
"O Enem está preservado. [O vazamento] É um fato isolado e nós não vamos de forma alguma prejudicar milhões de brasileiros com relação a um fato que foi tentado em termos de fraude e uma ação isolada e identificada pela Polícia Federal, numa ação articulada inclusive com o próprio Ministério da Educação", garantiu o ministro, que participou nesta quinta de solenidade de formatura dos oficiais do instituto Militar de Engenharia (IME), na Urca, Zona Sul do Rio.
Ainda nesta quinta, pela manhã, a Polícia Federal concluiu um relatório informando que durante o as etapas do Enem que puderam ser realizadas houve vazamento das provas do exame. Diante disso, o procurador da República Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal do Ceará, disse que pediria a suspensão da validade de todas as provas.
"Não podemos punir 16 milhões de brasileiros porque alguns tentaram lesar o concurso, sem conseguir. As provas deste fim de semana estão mantidas, assim como as que foram realizadas no mês passado", disse Mendonça Filho.
O ministro criticou o procurador Oscar Costa Filho, que divulgou nesta quinta parte do inquérito da Polícia Federal sobre as fraudes no exame e disse que, se o pedido do MPF for aceito, o Enem pode sofrer uma crise de credibilidade. Segundo ele, a Polícia Federal agiu rapidamente ao identificar a tentativa de fraude na primeira etapa de provas, em novembro, e garantindo a lisura do concurso.
"Infelizmente, esse procurador toma essa medida todo ano, mas não há razão para suspender ou cancelar o exame. A credibilidade do Enem não está comprometida, de jeito nenhum", reforçou.
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