Um jovem foi alvo de racismo na internet após criar um canal em uma rede social. Luan Marcos Custódio, de 20 anos, criou o canal Flopou há cerca de um ano e começou a gravar vídeos sobre assuntos do universo adolescente, como música, relacionamentos e internet.
Em uma das gravações em que o youtuber falava sobre puberdade, um internauta com perfil anônimo xinga o jovem. Entre as ofensas, o usuário chama Luan de “macaco” e “preto escravo”.
— No começo, eu me senti muito mal, me senti meio que um lixo. Chorei bastante, mas depois eu parei e respondi a ele também. Minha primeira intenção era xingar ele de tudo quanto era nome, mas eu decidi não ser igual a ele, não fazer o que ele fez comigo, mostrar que eu sou uma pessoa diferente dele.
Assim como o youtuber, várias outras celebridades também já foram vítimas de ataques racistas na internet. Entre elas, a atriz Thaís Araújo, a cantora Ludmilla e o caso mais recente foi contra Preta Gil. A cantora denunciou o caso à DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática). O advogado de Preta Gil conta que o responsável pelas ofensas já foi identificado, mas ainda não foi indiciado.
O advogado Rafael Faria critica a lei que hoje é aplicada contra quem comete injúria racial. Para o criminalista, as punições são muito leves.
— O crime de injúria tem a pena base de um a três anos e, na maioria dos casos, não chega a uma conclusão de reclusão, que é o regime fechado, que a sociedade tanto procura saber nos casos de repercussão.
Luan também procurou a polícia e espera que o caso não fique impune. O jovem diz que a toda a família ficou muito abalada.
— Ele pode voltar a xingar outras pessoas. Minha mãe também ficou muito mal. Minha família, minhas tias, todo mundo ficou indignado, sofreu muito. E até por mim também, eu decidi que ele não poderia ficar impune, ele tem que ser punido.
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