Para discutir sobre a renegociação da dívida de Alagoas com a União, o governador Renan Filho viajou à Brasília nesta terça-feira (2). Outra pauta que está na programação do chefe do Executivo alagoano, na capital federal é a possível privatização da Eletrobras.
Segundo Renan Filho, a Ceal teve o controle acionário passado à União, por meio da Eletrobrás, em 1997, porém o valor repassado a Alagoas foi apenas 50% do acordado, restando R$ 230 milhões para os cofres alagoanos.
“Alagoas vendeu a Ceal para a União, mas a União só pagou a metade. O que significa que, na origem, a diferença é de cerca de R$230 milhões, e com a correção, oscila entre R$ 800 milhões e R$ 2 bilhões. Falei para o presidente Temer que Alagoas precisa receber o resto. E depois de realizar estudos e pareceres jurídicos e econômicos, o Ministério de Minas e Energia já reconheceu a dívida, e o Tesouro também,” afirmou o governador.
Ainda de acordo com o Renan Filho, Alagoas quer fazer um acordo extrajudicial, discutido no campo administrativo, com o Tesouro nacional, para que não seja necessário judicializar e prolongar ainda mais o pagamento para beneficiar o Estado.
“Se conseguirmos esse acordo extrajudicial será bem melhor, porque não demoraríamos tanto a receber, Além disso, também será ruim para a União, porque não acelerar a privatização reincide no prejuízo que o setor elétrico vem causando ao país. Ou seja, não tenho nada contra a privatização, mas repito que Alagoas deverá ser pago antes,” reforçou o chefe do Executivo alagoano.
O governador disse que está sendo feita uma análise na Advocacia-Geral da União (AGU) para que seja definido o valor do débito. “Isso seria muito importante para transformarmos isso em investimento. O estado de Alagoas tem uma pendência e ela precisa ser quitada”, finalizou Renan Filho.
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