Arquivo/Agência BrasilO preço do feijão em 24 cidades onde foi feita a pesquisa

A cesta básica ficou mais barata em novembro em 25 das 27 capitais onde é feita a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Os principais itens que contribuíram para a redução do custo da cesta foram o leite integral, o feijão, o tomate e a batata.

O alívio no bolso das famílias segue o ritmo de queda da inflação nacional, que levou o Banco Central a reduzir por dois meses seguidos os juros básicos da economia, após quatro anos de altas.

Puxado por alimentos e também pelo vestuário em novembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) variou 0,26%, menor resultado para o mês desde 2007, e a estimativa de inflação caiu de 6,84% para 6,80% no acumulado anual. Em 2017, segundo projeta o BC, a meta da inflação (4,5%) deve ser atingida, o que não acontece há dois anos.

Capitais

A maior queda no preço da cesta básica em novembro ocorreu em Boa Vista (-7,35 %), seguida de Recife (-5,10%), Cuiabá (-4,68%), Salvador (-4,48%), Belo Horizonte (-4,20 %) e São Paulo (-4,08%).

De acordo com a análise do Dieese, em novembro, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 100 horas e 56 minutos. Já em outubro, foi de 103 horas e 48 minutos.

O preço do leite diminuiu em todas as capitais, exceto em Brasília, onde ficou estável, e o feijão ficou mais barato em 24 cidades. Em 22, caiu ainda o valor do quilo do tomate.

Segundo o Dieese, a queda no preço do feijão se explica pela intenção do consumidor de resgatar o produto, que andava afugentado pelos altos preços praticados no mercado. Além disso, houve a entrada da terceira safra no mercado de abastecimento.

Acumulado

Devido à inflação, entre janeiro e novembro de 2016, todas as cidades acumularam alta no valor da cesta, em especial Maceió (22,95%), Rio Branco (22,44%), Aracaju (20,53%) e Fortaleza (18,62%). Entre as capitais onde os preços subiram com menos intensidade estão Recife (5,76%), Manaus (7,18%), Curitiba (7,55%) e São Paulo (7,72%).

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