A conta de transações correntes registrou um superávit de US$ 283 milhões em fevereiro, informou o Banco Central nesta sexta-feira (23). Esse é o primeiro saldo positivo para este mês desde 2007, ou seja, em 11 anos.
A conta de transações correntes é formada pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior). Trata-se de um dos principais indicadores do setor externo brasileiro.
Nos dois primeiros meses deste ano, ainda de acordo com a autoridade monetária, o déficit nas contas externas somou US$ 4,024 bilhões, com queda em relação ao mesmo período do ano passado - quando totalizou US$ 6,030 bilhões.
Para todo o ano de 2018, porém, o Banco Central subiu sua estimativa para o déficit em transações correntes de US$ 18,4 bilhões para US$ 23,3 bilhões. No ano passado, o rombo das contas externas somou US$ 9,762 bilhões, melhor resultado para um ano fechado desde 2007.
Segundo o chefe do Departamento de Estatística do BC, Fernando Rocha, a revisão para cima da estimativa de rombo nas contas externas neste ano está relacionada com a retomada do crescimento da economia brasileira. Ele espera que haja um aumento da demanda por produtos e serviços do exterior.
Investimento estrangeiro
O Banco Central também informou nesta sexta-feira que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 4,743 bilhões em fevereiro, com queda em relação ao mesmo mês do ano passado (US$ 5,263 bilhões).
Nos dois primeiros meses deste ano, recuaram para US$ 11,208 bilhões, em comparação com US$ 16,722 bilhões nos dois primeiros meses do ano passado.
Apesar da queda, os investimentos estrangeiros foram mais do que suficientes, nos dois primeiros meses deste ano, para cobrir o rombo das contas externas neste período - que foi de US$ 4,024 bilhões.
Para 2018, o Banco Central manteve a estimativa de um ingresso de US$ 80 bilhões em investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira.
Deste modo, os investimentos continuariam suficientes para "financiar" em sua totalidade o déficit das contas externas do período – cuja estimativa do BC é de US$ 23,3 bilhões neste ano.
Fonte: G1
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