07/09/2018 09:19:24
Economia
Em dois meses, Caixa retomou 8% dos imóveis em Alagoas
Assessoria declara que política de divulgação de informações não permite o fornecimento de dados regionais

Do total de processos de execução habitacional iniciados em Alagoas pela Caixa Econômica Federal nos últimos dois meses, 8% resultaram na efetiva retomada do imóvel. As informações são da assessoria da Caixa Econômica Federal, que, à Gazetaweb, declarou ainda que a política de divulgação de informações não permite o fornecimento de dados regionais, já que isso poderia interferir na estratégia de negócios da instituição.

 

Há uma semana uma reportagem trouxe detalhes sobre o financiamento habitacional, a dificuldade para a quitação das dívidas e a consequente retomada dos imóveis pela Caixa.

 

"Funciona da seguinte forma: os contratos são gravados com alienação fiduciária para, no caso de não pagamento das prestações, o agente financeiro retomar o imóvel. Quando há o atraso por mais de três meses, o mutuário é notificado via cartório para pagar o débito no prazo de 15 dias", explica o advogado Anthony Lima, diretor da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH) de Alagoas.

 

No comunicado, a Caixa esclarece que age proativamente na comunicação aos clientes e na busca pela negociação e renegociação dos débitos assim que identifica a dificuldade de pagamento, oferecendo a alternativa negocial mais adequada para cada situação, por meio de canais de seus canais de atendimento.

 

"A Caixa ressalta que, mesmo após a consolidação da propriedade em seu favor [averbação na matrícula do imóvel], conforme a Lei 9.514/97, antes da realização dos leilões, o cliente ainda pode exercer o seu 'direito de preferência', momento em que lhe é dada a oportunidade de quitação do débito e consequente reversão da retomada do bem, reforçando as inúmeras possibilidades e alternativas de regularização das dívidas disponibilizadas aos clientes, mesmo nas situações onde o processo de execução encontra-se em fase avançada", reforça a Caixa.

 

Contudo, o advogado Anthony Lima alerta que, caso a dívida não seja paga, a CEF então promove a execução do contrato, "com o imóvel sendo retomado pela instituição financeira e o então dono perdendo tudo o que pagou".

 

Por Regina Carvalho e Larissa Bastos/gazetaweb.com

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