28/10/2016 21:00:50
Educação
Estudantes da rede estadual se opõem à ocupação de escolas e pedem aula
Na Escola Estadual Ana Lins, em São Miguel dos Campos, gremistas propuseram trabalho de conscientização e, em Arapiraca, alunos da Escola Estadual Costa Rego pedem volta das aulas
Foto: Arquivo AscomAlunos da Escola Costa Rego se posicionaram contra ocupação
Agência Alagoas

Enquanto mobilizações acontecem em todo o país contra as propostas da PEC 241, estudantes da rede estadual se opõem à prática das ocupações dos espaços escolares.



Na Escola Estadual Ana Lins, em São Miguel Campos, enquanto alguns alunos planejavam acampar na unidade, componentes do grêmio estudantil se mobilizaram e propuseram um trabalho de conscientização sobre o tema, promovendo uma palestra para toda a comunidade escolar nessa quarta-feira (26). Para a próxima terça-feira (dia 1º), está prevista uma oficina de cartazes e caminhada pelo centro da cidade.



“A primeira preocupação dos alunos foi acerca da abrangência da PEC, pela falta de informações. Eles questionavam, além do comprometimento do calendário escolar, se quando terminarem o Ensino Médio terão acesso à universidade gratuita, entre outros assuntos. Então os gremistas ouviram alunos, professores e direção e, a partir daí, foi realizada uma assembleia que culminou nestas ações”, relatou a professora de Língua Portuguesa, Charline Tenório.



Em Arapiraca - Sem aulas desde ontem em virtude da ocupação, estudantes da Escola Estadual Costa Rego, em Arapiraca, se manifestaram na manhã desta quinta-feira (27) e pediram pela retomada do ano letivo.



Adriano Cézar, diretor da escola, procura atuar como mediador entre os grupos de alunos que são favoráveis e contra a ocupação. A maior preocupação, segundo ele, diz respeito ao andamento do ano letivo.



“Não sou a favor da ocupação, porém todos são meus alunos, tanto os que ocuparam quanto os que são contra a ocupação e, por isso, como gestor, tenho procurado mediar o diálogo”, falou Adriano.



Outras alternativas – O secretário de Estado da Educação, Luciano Barbosa, acredita que a comunidade possa se posicionar e discutir a PEC 241 sem a necessidade de ocupação dos espaços escolares.



“Há muitas formas de se posicionar que não seja invasão da escola. Nada impede que o tema seja abordado em sala de aula, dentro de um contexto, por professores de sociologia, filosofia e história, por exemplo. Isso é muito mais produtivo e esclarecedor do que a pura simples invasão, que só prejudica o aluno da escola pública”, reitera.

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