(Foto: Globo/Raquel Cunha)

Odair, de “O outro lado do paraíso”, é ajudante de um salão de cabeleireiro e se relaciona com Nádia (Eliane Giardini). O casal chama a atenção pela diferença de idade, além de despertar comentários sobre Odair ser um grande interesseiro.

Seu intérprete, Felipe Titto, tem 31 anos, está atualmente solteiro (“sozinho, nunca”). Além de ator, ele diz comandar 10 empresas.

Entre elas, barbearia, site de classificados, oficina customizadora de motos, estúdio de tatuagens, restaurante, centro de convivência esportiva e, a mais nova empreitada, uma fábrica de bolinhos de bacalhau.

Na trama, Odair - usando as palavras de Titto - é o cara mais “rústico, tradicionalzão. O negócio dele é papai e mamãe”. Já Nádia, recém traída e separada do marido, é “solta igual arroz de vó”. E Titto?

“Eu não tenho essas fantasias de enfermeira… Todas as vezes que tentaram fazer alguma coisa perto disso, eu dei risada e virou uma coisa mais engraçada que erótica".
"Eu não consigo achar sensual. Entro naquela coisa de um pouco de vergonha alheia, dou risada”.

Assédio

Titto conta que o assédio de mulheres mais velhas aumentou depois que Odair começou a se envolver com Nádia.

“Antes, eu tinha esse contato com o público mais velho, mas era uma coisa de: ‘Pô, te admiro na novela’. Agora, tenho recebido muitas cantadas de mulheres mais velhas. Acho engraçado isso como o personagem consegue tocar de fato nas pessoas”, comenta.

Sozinhas elas não fazem nada. Mas quando juntam duas, três, fazem piada em voz alta. Outro dia escutei: ‘Suspende as fritas, que o filé chegou’. A mulher falou alto pra caramba. Fiquei vermelho”, relembra aos risos.

E as cantadas funcionam? “Olha, depende do momento, de tudo”.

Sobre os rumos do casal, Titto não acredita em um final com Odair e Nádia. “Acho que como a gente está na reta final da novela, não tem tempo para criar um embasamento de história para eles terminarem juntos. Mas o Odair está aproveitando. E a Nádia também está tirando a casquinha dele”.

De Marley a Odair

Antes de ser Odair, Titto já foi MC Limão (“A regra do jogo”), Wagner (“Amor à vida”) e Sidney (“Avenida Brasil”). Mas, talvez, o papel que mais marcou a história do ator tenha sido o adolescente Marley, de “Malhação”.

Treze anos depois, o que ficou daquela fase no atual Titto?

“Foi uma das fases mais difíceis da minha vida. Eu tinha acabado de ser despejado pela segunda vez com a minha família e eu tinha um salário de R$ 1500 por mês. Eu tentava bancar meu pai, minha mãe e meus irmãos. Hoje, graças a Deus, essa história mudou. Nunca tive essa coisa de ‘sou celebridade’”.
“Continuo sendo a mesma pessoa. Mas claro, agora tenho outra estrutura. O que tento segurar dessa fase é meu pé no chão e o valor pelas pessoas que compraram meu barulho pra eu chegar onde estou”.

Titto conta que também é esse aprendizado que ele tenta passar para o filho, Theo, de 14 anos. “Apesar de ele ter todas as regalias que eu não tive, passo sempre para ele o valor das coisas. Não o preço. O valor”. Theo deve seguir os passos do pai e acaba de entrar em um curso de teatro. “Ele quer ser ator também”.

Fonte: G1

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