Um ataque armado contra dois ônibus e uma caminhonete que transportavam cristãos coptas deixou 26 mortos e 25 feridos no Cairo, no Egito, nesta sexta-feira (26), segundo a CNN e Reuters. Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.
O governador da província de Minya, Essam al-Bedaiwy, afirmou que o grupo ia para um mosteiro no sul da capital egípcia. De acordo com a Reuters, um funcionário do Ministério da Saúde afirmou que há um grande número de crianças entre as vítimas.
O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, convocou uma reunião de emergência com os serviços de segurança após o ataque.
A província de Minya abriga uma comunidade de tamanho considerável da minoria cristã, que representam cerca de 10 % da população de 92 milhões do Egito.
Eles foram alvo de uma série de ataques letais em meses recentes. Em 9 de abril, um Domingo de Ramos, explosões em duas igrejas cristãs coptas em Tanta e Alexandria deixaram ao menos 44 mortos e mais de 100 feridos. Os ataques foram reivindicados pelo Estado Islâmico, que há alguns meses iniciou uma ofensiva contra a minoria copta no Egito.
O ministério do Interior indicou que os criminosos estavam a bordo de três picapes quando abriram fogo contra o ônibus.
Segundo a Reuters, 70 pessoas morreram em ataques contra comunidades coptas desde dezembro. Os coptas são uma das comunidades cristãs mais importante do Oriente Médio, e uma das mais antigas.
A comunidade cristã do Egito recebeu no mês passado o apoio do papa Francisco. Durante uma visita de dois dias, o pontífice defendeu a tolerância e o diálogo entre muçulmanos e cristãos.
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