Ao menos 21 pessoas, entre elas quatro crianças, morreram em um ataque do regime sírio na região no leste da cidade de Aleppo, no norte da Síria, nesta quarta-feira (16). De acordo com a CNN, o bombardeio atingiu hospitais e um banco de sangue.
Um hospital infantil, o Al-Bayan e o banco de sangue foram atingidos no bairro de Al-Shaar, segundo relato feito pela Associação Médica Americana da Síria (SAMS). Edifícios nas proximidades ficaram completamente destruídos. Pelo menos 50 outros foram feridos, afirmou o grupo ativista Aleppo Media Center.
O diretor do Hospital Infantil afirmou que os funcionários tentaram proteger os pacientes se escondendo no subsolo. “É um dia horrível para o Hospital das Crianças. Eu, meu pessoal e todos os pacientes estamos sentados em um quarto no subsolo. Tentamos proteger nossos pacientes", disse Hatem, que é pediatra, em um comunicado.
Eles aguardam para deixar o local porque aviões ainda sobrevoam a região. “Rezem pela gente, por favor”, afirmou.
O diretor da unidade do Hospital Cirúrgico Al Bayan, Mahmoud Rahim Abu Bakr, afirmou à agência Efe que a unidade foi alvo de bombardeios e disparos de artilharia. “A área onde fica o hospital, o bairro de Al Shaar, foi atacada pelo regime com todo tipo de arma, desde aviões até foguetes", declarou.
Madrugada
Durante a madrugada, aviões do regime sírio e de sua aliada Rússia bombardearam nesta quarta-feira (16) a área rebelde de Aleppo e a província de Idleb, segundo a France Presse. A ação acontece um dia depois de Moscou ter anunciado uma nova ofensiva militar na Síria, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, afirmou que os aviões militares russos atacaram toda a noite e até a manhã Idleb, uma província do noroeste da Síria controlada por uma aliança de rebeldes e jihadistas.
Após uma pausa de um mês, o regime de Bashar al-Assad retomou na terça-feira a campanha contra o setor rebelde da ex-capital econômica síria, no mesmo dia em que Moscou anunciou uma nova ofensiva, oficialmente contra os extremistas de Idleb e de Homs (centro).
Os bombardeios russos foram executados a partir do porta-aviões Almirante Kuznetsov, que chegou na semana passada às costas sírias para reforçar o dispositivo militar russo no país em guerra desde 2011.
Moscou apoia as forças do regime sírio, enquanto Washington auxilia a rebelião considerada moderada.
Aleppo, onde 250 mil pessoas vivem cercadas nos bairros da zona leste há quase quatro meses, é uma cidade chave tanto para o regime de Bashar al-Assad como para seus opositores, que se enfrentam em uma guerra que já deixou mais de 300 mil mortos.
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