Diversos militantes pró-democracia que em 2014 ocuparam as ruas de Hong Kong conquistaram assentos no Parlamento nas eleições do último final de semana e agora poderão ter poder sobre as decisões do governo de Pequim em âmbito local, o que pode resultar em novas confrontações políticas. As informações são da Agência Ansa.
Junto a outros candidatos pró-democracia, a oposição conseguiu manter cerca de um terço dos assentos, o que garante o veto a algumas medidas das autoridades chinesas.
Dos 70 parlamentares, apenas metade são escolhidos por meio de eleição direta. Destes, 27 atualmente são considerados moderados, ou seja, a favor da democracia, mas não necessariamente da separação completa da China.
O chamado "Movimento dos guarda-chuvas", a favor de uma ruptura com a China, paralisou por meses algumas regiões centrais de Hong Kong, mas não conseguiu nenhuma das reformas políticas reivindicadas na ocasião, como a autonomia regional.
Um de seus líderes, Nathan Law, de 23 anos, foi o mais jovem parlamentar já eleito em Hong Kong. "Acredito que os verdadeiros cidadãos de Hong Kong queriam uma mudança", disse a jornalistas após a divulgação de resultados preliminares.
Muitos militantes do movimento, abertamente pró-separatistas, foram impedidos de concorrer ao pleito, no entanto, pois as autoridades alegaram que a campanha pela independência é ilegal.
As eleições tiveram um índice de participação recorde, de cerca de 60% dos habilitados a votar, ou seja, mais de 2 milhões de pessoas.
Uma das bandeiras dos ativistas é a realização de um referendo sobre um desligamento da China.
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