A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, colocou mais lenha na fogueira do debate sobre restrições a trajes islâmicos na Europa e disse nessa quinta-feira (18) que a burca, roupa que cobre todo o rosto da mulher, inclusive os olhos, é um "obstáculo à integração".
Além disso, ela deu pleno apoio para o ministro do Interior, Thomas de Maizière, estabelecer possíveis "proibições parciais" da peça. "No meu ponto de vista, uma mulher totalmente coberta tem poucas possibilidades de se integrar", declarou Merkel.
O partido da chanceler deve apresentar ainda nesta semana um documento pedindo o veto à burca e ao niqab, que deixa apenas os olhos à mostra, em edifícios públicos, em manifestações e ao volante de automóveis.
Recentemente, a cidade de Cannes, na França, proibiu o uso de "burkini" (junção das palavras burca e biquíni) em suas praias e recebeu o apoio do primeiro-ministro Manuel Valls, que disse ser a favor de uma lei nacional contra o traje de banho islâmico.
Setores conservadores também têm pressionado o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, para vetar o uso da burca no país.
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