Chefe da Otan diz que teve uma 'boa conversa' com Donald Trump
Em sua campanha, Trump ameaçou reduzir apoio dos EUA à Otan
O secretário geral da OTAN, Jens Stoltenberg, em imagem de arquivo O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, conversou nesta sexta-feira (18) por telefone com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, com quem manteve, a seu ver, uma "boa conversa" sobre o futuro da Otan e da necessidade de aumentar os gastos militares.
"Boa conversa com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Ambos enfatizamos a importância duradoura da Ota e o aumento do gasto em defesa", tuitou o líder da Aliança Atlântica.
Durante sua campanha, Trump ameaçou reduzir o apoio dos EUA à Otan. Também disse em uma entrevista ao jornal "The New York Times" que, se os países bálticos da Otan fossem atacados pela Rússia, só poderia haver uma intervenção por parte dos Estados Unidos depois de verificar se esses países "respeitaram suas obrigações".
Trump foi criticado e acusado de ter falta de preparo. Um dos princípios básicos da Otan estipula que um ataque contra um de seus membros constitui um ataque contra todos os aliados, ponto que os EUA fazem valer após os ataques de 11 de setembro de 2001 e que justificou a intervenção da Otan no Afeganistão.
Líderes europeus
Mais cedo nesta sexta, o presidente Barack Obama e os principais dirigentes europeus pediram, em Berlim, que se continue cooperando dentro da Otan e que sejam mantidas as sanções contra Moscou.
"Os dirigentes reafirmaram a importância da cooperação dentro das instituições multilaterais, incluindo a Otan", indicou a Casa Branca depois da reunião em Berlim, durante a última viagem de Obama à Europa antes de deixar o cargo em janeiro.
Eles não citaram diretamente o presidente americano eleito, mas o alvo era claro uma vez que suscitou grande preocupação nas capitais europeias levando uma mensagem protecionista e mais isolacionista.
Obama mostrou um otimismo moderado em relação a Trump, que levou preocupação aos líderes europeus com relação a seu compromisso com a Otan, segundo a Reuters. Angela Merkel, Theresa May, Mariano Rajoy, Matteo Renzi e François Hollande participaram da reunião.
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