O índice de desemprego na Espanha ficou abaixo de 20% pela primeira vez em seis anos, com a taxa de 18,9% no terceiro trimestre de 2016, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
O resultado representa um recuo de 1,09% na comparação com o trimestre anterior e de 2,27% em ritmo anual. O melhor momento do emprego no país foi motivado principalmente pelo setor de serviços, segundo o INE.
A quarta economia da Eurozona prossegue assim a trajetória de redução do desemprego, que durante a crise disparou e passou de 8% da população ativa em 2008 até alcançar 26% em meados de 2013.
Esta é a primeira vez que o índice de desemprego fica abaixo de 20% desde o terceiro trimestre de 2010, mas o índice permanece como o segundo pior da Eurozona, onde a média é de 10,1% segundo a agência Eurostat.
No total, o número de pessoas com emprego na Espanha registrou crescimento de 216.800 no trimestre. O número de contratos indefinidos caiu 29.100, ao mesmo tempo que aumentou em 245.900 o número de pessoas com contratos temporários.
O anúncio sobre o emprego coincide com o debate da posse do chefe de Governo conservador Mariano Rajoy, que com quase total certeza será eleito no sábado no Parlamento para um novo mandato, encerrando assim um bloqueio político de 10 meses.
O líder conservador fez da recuperação da economia espanhola, que cresce algo por volta de 3% ao ano após seis anos de crise, e da redução do desemprego iniciada em seu primeiro mandato (2011-2015) o principal argumento para ser reeleito.
Mas grande parte da oposição o critica por ter obtido os resultados com uma polêmica reforma trabalhista, que, afirmam os críticos, facilitou a demissão de trabalhadores.
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