O ex-secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, foi acusado de preconceito após afirmar que mulheres muçulmanas vestindo burcas parecem “caixas de correio" e “ladrões de banco”, em um artigo na segunda-feira (6). A declaração causou mal-estar até no seu partido, o Conservador.
O Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha disse que os comentários foram "particularmente lamentáveis neste clima atual, onde a islamofobia e o ódio contra os muçulmanos estão se tornando preocupantemente difundidos".
A deputada trabalhista Jess Phillips disse que reportaria o Sr. Johnson à Comissão de Igualdade e Direitos Humanos.
A declaração causou claro desconforto dentro do Partido Conservador. A premiê britânica, Theresa May, considerou os comentários ofensivos e defendeu que o seu colega peça desculpas, mas autoridades muçulmanas consideram a retratação insuficiente.
A edição desta quinta-feira (9) do jornal “Evening Standard”, citando fontes anônimas, afirma que partido investigará uma possível violação do código de conduta. O Partido Conservador ainda não comentou a informação.
Em julho, Boris Johnson renunciou ao cargo de chanceler após discordar do plano de Theresa May para a saída do Reino Unido da União Europeia, que ficou conhecido como Brexit.
Johnson foi prefeito de Londres entre maio de 2008 e maio de 2016 e se tornou uma das figuras mais ativas da campanha favorável ao Brexit.
Fonte: G1
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