Em juiz federal na Califórnia emitiu nesta terça-feira (26) uma liminar que vale em todo os Estados Unidos impedindo temporariamente a administração de Donald Trump de separar as crianças de seus pais na fronteira com o México e ordenou que todas as famílias já separadas fossem reunidas dentro de 30 dias.
Na decisão, o juiz federal Dana Sabraw, do Tribunal de San Diego, também ordenou que as crianças de 5 anos sejam devolvidas aos seus pais no máximo em 14 dias. Ela ordenou ainda que todas as crianças possam conversar com seus pais dentro de 10 dias.
Desde que os EUA iniciaram em abril sua polêmica estratégia de "tolerância zero" contra a imigração, suspensa na semana passada por conta das enormes críticas recebidas, o governo de Trump separou de seus pais, 2.575 menores de idade, dos quais apenas 522 foram reunificados.
“A infeliz realidade é que, sob o sistema atual, as crianças migrantes não são contabilizadas com a mesma eficiência e precisão que a propriedade”, escreveu Sabraw.
Na semana passada, o presidente emitiu uma ordem executiva com o objetivo de acabar com as separações familiares, mas falou pouco sobre a reunião de famílias.
A American Civil Liberties Union entrou com uma ação para impedir as separações antes da ordem executiva do presidente. Em sua ordem, o juiz Sabraw disse que as crianças podem ser separadas na fronteira somente se os adultos que estão com elas apresentarem perigo imediato para as crianças.
Sabraw disse ainda que os adultos não podem ser deportados dos EUA sem seus filhos. "Os fatos expostos antes do tribunal retratam a governança reativa - respostas para abordar uma circunstância caótica do próprio governo", escreveu o juiz.
Processo
O governo Trump foi processado na terça por 17 Estados dos EUA e o Distrito de Columbia, que estão buscando interromper o que chamam de "cruel e ilegal" política de separar forçadamente famílias imigrantes que adentram o país pelo México.
Em uma reclamação apresentada com a corte do distrito dos EUA em Seattle, os Estados chamaram o decreto de Trump de 20 de junho que pretende suspender as separações de "ilusório". A ação alega que a política do governo é também inconstitucional em parte porque é motivada por "ânimo e um desejo de ferir" imigrantes que chegam da América Latina.
Fonte: G1
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