A Direção Investigativa Antimáfia da Itália (DIA) publicou recentemente o relatório semestral no qual afirma que o crime organizado está cada vez mais envolvido com a política, a economia e o empresariado. Segundo o documento, os mafiosos tem bases logísticas no Brasil.
O relatório da Direção Investigativa Antimáfia tem quase 400 páginas e faz uma análise do estado atual das máfias italianas e estrangeiras. Segundo o documento, o crime organizado está se regenerando e não se limita só as tradicionais máfias do sul do país, como a Cosa Nostra, na Sicília, a 'Ndrangheta, na Calábria, a Camorra, na Campânia, e Sacra Corona Unita, na Apúlia. As investigações ressaltam que estão nascendo outras organizações criminais, por exemplo, em Roma.
A DIA cita bases logísticas da 'Ndrangheta e da Camorra na Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Venezuela, México, Argentina, Bolívia e no Brasil, para armazenar cocaína destinada principalmente à Europa e aos Estados Unidos. O relatório fala também dos métodos de transporte da droga, por exemplo aqueles que engolem cápsulas de cocaína para viajar.
O crime organizado é uma atividade ilegal, portanto é impossível um cálculo preciso de seu faturamento. No entanto, segundo os investigadores italianos, estima-se que as máfias faturem por ano cerca € 150 bilhões (cerca de R$ 675 bilhões).
A máfia em Roma
A situação de Roma assusta as autoridades. Os grupos criminosos que atuam na capital se assemelham cada vez mais às máfias da Sicília, da Calábria e da Campânia.
No ano passado, um processo chamado “Máfia Capital” condenou a 20 anos de prisão os dois líderes de um grupo criminoso que saqueou os cofres de Roma. Este foi um dos maiores julgamentos de corrupção na capital italiana que também condenou cerca de 40 políticos, funcionários e empresários.
Fonte: G1
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