O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, destacaram nesta quinta-feira (17), após reunião em Berlim, a importância de continuar negociações de um acordo de livre comércio entre os EUA e Europa, a Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP).
"Eu ainda estou muito envolvida na conclusão de um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos, fizemos um bom progresso nas negociações, mas agora elas não podem ser concluídas", disse Merkel. No entanto, a chanceler disse estar certa de que EUA e União Europeia irão voltar "um dia" ao acordo comercial paralisado.
As negociações sobre o TTIP, conduzido pela chanceler e por Obama, foram paralisadas por divergências alimentadas por um ceticismo crescente das opiniões tanto dentro dos Estados Unidos como da Europa.
"O que nos une é a convicção compartilhada de que a globalização deve ser organizada humanamente, politicamente, mas que não há como voltar no tempo antes da globalização", ressaltou Merkel.
As declarações foram feitas por ocasião da visita de adeus de Obama a Berlim. A última viagem de Obama como presidente dos EUA começou nesta terça em Atenas, na Grécia, e deve terminar no fim de semana no Peru. No país, ele vai participar do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), onde espera conversar com o presidente chinês, Xi Jinping.
Merkel afirmou ainda que a Alemanha irá fazer de tudo para trabalhar bem com o recém-eleito presidente norte-americano, Donald Trump, que se opôs ao TTIP.
Outros temas
Os líderes também falaram sobre outros temas abordados na reunião e responderam perguntas de jornailstas. Obama falou sobre a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia, dizendo esperar que negociações sejam conduzidas de maneira tranquila, ordenada e transparente.
O presidente americano ainda disse que espera que o seu sucessor "faça frente" à Rússia em caso de necessidade e que procure a todo o custo um compromisso com Moscou.
"Espero que o presidente eleito terá a vontade de fazer frente à Rússia se ela não respeitar os nossos valores e as normas internacionais", afirmou Obama.
"Este é um assunto sobre o qual teremos mais informações a medida que o presidente eleito compor a sua equipe", considerou Obama.
Neste contexto, ele voltou a pedir pela manutenção das sanções existentes contra a Rússia sobre a Ucrânia, até que o acordo de paz de Minsk seja aplicado.
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