O Papa Francisco recebeu nesta segunda-feira (24) para uma reunião privada no Vaticano o presidente venezuelano Nicolás Maduro, após o mandatário finalizar uma viagem pelo Oriente Médio que teve por objetivo impulsionar um acordo para estabilizar os mercados de petróleo. A visita ao Vaticano não havia sido anunciada.
De acordo com a assessoria de imprensa do Vaticano, a visita foi feita em meio à "preocupante situação de crise política, social e econômica que atravessa" a Venezuela.
Durante a reunião, o Papa instou "ao diálogo sincero e construtivo" entre o governo de Maduro e a oposição, com o fim de "aliviar o sofrimento" da população e promover "a coesão social", segundo a nota da Santa Sé.
"Desta forma, o Papa, que leva todos os venezuelanos no coração, deseja continuar a oferecer a sua contribuição a favor da institucionalidade deste país", acrescentou o comunicado. O sumo pontífice argentino também deseja ajudar para que "cada passo" sirva para criar "maior confiança entre as partes".
Segundo comunicado do governo venezuelano, Maduro foi recebido pelo Padre Leonardo Sapienza, prefeito da Casa Pontífica, na sala Paulo Sexto. "Depois teve uma reunião privada com o Papa, em que recebeu bençãos para a pátria venezuelana e trocaram presentes", diz a nota.
Esta é a segunda vez em que Maduro se reúne com o Papa Francisco no Vaticano.
Referendo
A Venezuela vive um momento de alta tensão política após a suspensão, pelo poder eleitoral, do processo liderado pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) para submeter Maduro a um referendo revogatório de seu mandato, que termina em 2019.
A partir disto, o Parlamento aprovou no domingo uma resolução que considera o freio ao referendo o auge de um "golpe de Estado" do governo.
Também nesta segunda-feira, um enviado do Papa Francisco reuniu-se em separado na Venezuela com delegados da oposição e do governo para explorar a possibilidade de um diálogo que ajude a superar a grave crise política no país.
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