Autoridades de Moscou classificaram como "escandalosas" e "ofensivas" as acusações da candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, de que a Rússia pode ter hackeado os computadores do Comitê Democrata Nacional (DNC), causando o vazamento de milhares de e-mails.
Neste mês, o site WikiLeaks divulgou e-mails comprometedores da campanha de Hillary, nos quais membros de sua equipe debatem estratégias para vencer o senador por Vermont Bernie Sanders, seu ex-adversário nas primárias democratas. O ciberataque está sendo investigado pelo FBI.
Para o representante especial da presidência da Rússia para Cooperação Internacional em Segurança da Informação, Andrei Krutskikh, "é um sinal de fraqueza chegar neste tipo de argumento". Ele ainda lembrou que os norte-americanos não apresentaram nenhuma queixa oficial.
"Existe uma certa contradição, as acusações chegam de pessoas que lutam pela cadeira presidencial e os representantes oficiais da Casa Branca evitam comentar [o caso] ou o fazem de modo vago", acrescentou.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, por sua vez, defendeu que as declarações de Hillary "precisam ser enquadradas na retórica eleitoral. Elas não têm nada de concreto e, por isso, acreditamos que foram feitas pela paixão do momento". Neste final de semana, Hillary disse ter informações de que os serviços de Inteligência russos violaram o sistema informático do CND.
"Sabemos que fizeram isso para aqueles e-mails serem publicados. Também sabemos que Donald Trump mostrou uma preocupante tendência de apoio [ao presidente russo] Vladimir Putin", declarou. O magnata e Putin já trocaram elogios públicos em diversas ocasiões. Em junho, o líder russo disse que o candidato republicano é "uma pessoa brilhante". Especialistas em cibersegurança dizem acreditar que os serviços secretos russos tenham invadido e vazado mais de 20 mil e-mails do comitê para influenciar a eleição à Casa Branca em 8 de novembro.
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