Um agente penitenciário está sendo alvo de uma denúncia grave. Ele é acusado de estuprar a reeducanda Joyce Silva Soares, presa em 22 de fevereiro do ano passado, após ser apontada como a responsável pela morte do próprio filho, de apenas 3 anos, fato ocorrido no município de Arapiraca.
As primeiras informações que chegaram à imprensa dão conta que ela está reclusa no manicômio judiciário, no sistema prisional de Alagoas. Embora a denúncia tenha sido registrada ontem na Central de Flagrantes 1, no bairro do Pinheiro, somente hoje o fato vazou para a imprensa.
Joyce Soares foi submetida a exame de conjunção carnal no Instituto Médico Legal Estácio de Lima, em Maceió, conforme confirmou a assessoria do órgão. O nome do agente penitenciário supostamente envolvido na violência sexual não foi informado pelas autoridades. Informações ainda não confirmadas dão conta que imagens de videomonitoramento teriam registrado o momento em que o agente entra na cela e deixa o espaço cerca de meia hora depois.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), informou que o caso já está sendo analisado pela administração penitenciária.
Paralelo ao procedimento administrativo disciplinar que apura a denúncia internamente, a Seris afirma que vai colaborar com as informações necessárias à investigação da Polícia Civil.
Em entrevista ao programa na Mira da Notícia, da Rádio 96 FM, o secretário de Ressocialização, coronel Marcos Sérgio, disse que o agente denunciado foi afastado de suas funções para preservação de seus direitos e dos diretos da suposta vítima, para que a investigação possa fluir. Ele confirmou que teve acesso as imagens do sistema de monitoramento e que vai acompanhar o procedimento administrativo com rigor. Caso sejam confirmado o estupro, o servidor público deverá ser demitido e responder criminalmente. Enquanto isso, a secretaria está dando assistência médica necessária à paciente.
Relembre o caso de Joyce:
Seu filho, Dyllan Taylon Soares, de 3 anos, foi encontrado morto no dia 21 de janeiro de 2016, em sua casa, na cidade de Arapiraca. A família do menino informou as autoridades policiais que Dyllan tinha falecido após ser medicado por um funcionário de uma farmácia. Contudo, a versão foi desmentida pelo laudo da necropsia emitido pelo Instituto Médico Legal de Arapiraca.
Conforme a Perícia Oficial de Alagoas (Poal), instrumentos contundentes provocaram as lesões corporais no garoto, que morreu em decorrência de hemorragias intracraniana e intra-abdominal. Após o resultado, a Polícia Civil deu início as investigações para descobrir se o garoto morreu em decorrência de maus tratos ou o uso inadequado de medicamento, como informado pelos responsáveis pela criança.
Joyce foi apontada como responsável pelas agressões, passou um tempo sendo procurada pela Polícia e se entregou à Polícia um mês após o crime, com visual diferente do habitual.
Fonte: Alagoas24horas.com.br
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