01/12/2017 08:37:57
PolĂ­cia
Ao cumprir mandado em Campo Grande, MP encontra documentos revirados
Ascom MPE/ AL

O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) cumpriu na quinta-feira, 30, um mandado de busca e apreensão na Prefeitura de Campo Grande. O objetivo seria recolher documentos relativos a administração do ex-prefeito Manoel Higino, sobrinho do atual prefeito, Arnaldo Higino. Ao chegar no local, as equipes se supreenderam com a quantidade de pastas reviradas e espalhadas pelo chão em várias salas. O fato resultou na abertura de duas novas investigações contra o Poder Executivo municipal, para averiguar se houve extravio de documentos.

 

 


"O que vimos foram claros indícios de crime de extravio de documentos. As salas estavam completamente bagunçadas e nós não conseguimos achar muito material das gestões do sobrinho do prefeito, Miguel Joaquim dos Santos Neto, mais conhecido como Miguel Higino, muito menos do atual do gestor. Suspeitamos que houve o extravio para evitar que o MP tivesse acesso a papéis, contratos, informações importantes", explicou o promotor de Girau do Ponciano e coordenador da operação, Kleber Valadares.

 

 

 

O cumprimento do mandado de busca e apreensão desta quinta-feira é uma investigação paralela àquela comandada pela Procuradoria-Geral de Justiça que, na última sexta-feira (24), culminou com a prisão do prefeito da cidade, Arnaldo Higino, preso em flagrante delito pelo chefe do MPE/AL, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, no momento em que recebia proprina de um empresário, cujo estabelecimento fornecia mercadoria para a Prefeitura.

 

 


O MP também visitou obras inacabadas e espaços que constam como obras já construidas.

 

 

 

PIC e inquérito civil

 

 

 

Em função do resultado da diligência cumprida hoje, Kleber Valadares informou que está instaurando um procedimento de investigação criminal (PIC) e também um inquérito civil contra o vice-prefeito de Campo Grande, José Tenório dos Santos Neto - filho do prefeito Arnaldo Higino -, os integrantres da comissão permanente de licitação e em desfavor do secretário da área, uma vez que todos eles deveriam estar salvaguardando o patrimônio do município e, portanto, não poderiam ter permitido que aquela bagunça tivesse ocorrido em diferentes setores.

 

 

 

"Vamos apurar de quem foi a responsabilidade do ocorrido. O que não podemos permitir é que agentes públicos tentem esconder do Ministério Público dados e documentos que possam comprovar a práticade corrupção e improbidade administrativa", completou o promotor de justiça.

 

 

 

Fonte:MPE/AL

E-mail: redacao@f5alagoas.com.br
Telefone: (82) 99699-6308

F5 Alagoas - VocĂȘ sempre atualizado. ©2024. Todos os direitos reservados.