O réu confesso da morte de Bernado Oiticica, Francisco Oiticica Quintella, foi preso 14 anos após o cometimento do crime que abalou a estrutura da tradicional família alagoana. O crime ocorrido em 2003, no escritório da Usina Santa Clotilde, em Rio Largo, teria sido motivado pelo controle do empreendimento.
A informação da prisão, porém, só chegou ao conhecimento da imprensa na noite desta terça-feira (27). A Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) confirmou a prisão e disse que a mesma ocorreu em 20 de abril de 2017, em cumprimento a mandado expedido pela 16ª Vara Criminal.
“A prisão ocorreu, mas não sabemos detalhes de como foi feita. Ele está agora no presídio Baldomero Cavalcante”, confirma a assessoria da Seris.
Segundo familiares, Francisco Oiticica teria se entregado na “surdina” e, por isso, os próprios parentes só tomaram conhecimento dois meses depois do ocorrido. “Nós só tomamos conhecimento há pouco tempo. Ele se entregou sem fazer alarde nenhum”, garante uma familiar.
Francisco Oiticica já havia sido preso em outra oportunidade e condenado em 2009 pelo juiz José Braga Neto. À época, o réu foi a júri popular por homicídio duplamente qualificado e a sentença dada foi de 18 anos e 6 meses, mas, segundo familiares, desde então ele teria “protelado” o caso na Justiça para não cumprir a pena seguindo em liberdade. “Apesar do julgamento, a defesa do assassino utilizou de recursos jurídicos que o mantiveram em liberdade até agora”, informa a mesma familiar.
Entenda o crime
Francisco Oiticica teria assassinado o primo Bernardo Gondim da Rosa Oiticica, com três tiros de pistola, no escritório da Usina Santa Clotilde, em Rio Largo, no dia 25 de abril de 2003. Ao ser baleado, Bernardo foi socorrido por seu irmão Rogério Oiticica enquanto Francisco fugiu em seu automóvel.
Antes mesmo de chegar ao hospital Bernardo veio a falecer. Neste ano, a Usina Santa Clotilde foi palco de uma disputa de poder entre famílias. Bernardo Oiticica era o diretor administrativo financeiro da empresa desde 1988 e um dos principais gestores da Usina. Em 1988, o empresário assumiu a diretoria da empresa que apresentava sérios problemas financeiros e diversos pedidos de falência. Sua gestão foi responsável pelo melhor momento da empresa até hoje, cujo empreendorismo levou à fundação de uma empresa de água mineral.
Fonte: Alagoas24horas.com
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