Dois suspeitos de terem assassinado o professor universitário Daniel Thiele foram apresentados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública na tarde desta quinta-feira (6). Um deles usou o chip do celular do professor, que desapareceu no último dia 20 de setembro. O Grupamento Aéreo e a Polícia Civil encontraram o carro do docente e nele havia um corpo carbonizado.
Nas primeiras horas da manhã, a aeronave Falcão 3 decolou com a missão de averiguar um carro queimado encontrado no final da tarde da quarta-feira (5), em um canavial próximo ao município de Rio Largo.
“Há alguns dias estávamos fazendo buscas em locais que cotidianamente averiguamos. Ontem (5), o comandante Altair localizou o carro e, por estar escurecendo, o piloto não pode pousar”, explicou o coronel André Madeiro, comandante do Grupamento Aéreo.
O delegado Felipe Caldas, responsável pelo caso, estava presente na diligência que encontrou o veículo do professor. No banco traseiro do carro havia um corpo carbonizado, com um arame em volta do pescoço.
O carro já foi identificado como sendo de propriedade de Daniel Thiele. A comprovação foi feita por meio da placa e do chassi do veículo. “Há 99,99% de chances de o corpo ser do professor desaparecido”, declarou o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira.
O irmão de Daniel, Marcelo Thiele, participou da coletiva de imprensa e disse que havia prometido ao pai que encontraria o irmão vivo ou morto.
“Como filho mais velho coube a mim vir em busca de informações nessa jornada. Por mais trágico que seja o desfecho, coloca-se uma pedra e dá certo conforto à família. Entre achar meu irmão morto e não achá-lo, era melhor achá-lo morto. Quero externar, em meu nome e de minha família, o excepcional trabalho da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas e de todos que estiveram em busca de meu irmão”, reconheceu Marcelo Thiele.
Autores
As investigações feitas pelo delegado Felipe Caldas levaram os policiais da Delegacia de Antissequestro da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic) aos irmãos Anderson Leandro Palmeira da Silva e Emerson Palmeira da Silva.
Segundo a polícia, Emerson usou o chip do aparelho celular do professor. Com mandados de prisão expedidos pela 9º Vara Criminal, a polícia prendeu os suspeitos. “Trabalhamos quase que exclusivamente nesse caso. Há grandes chances de ser um crime de homicídio qualificado, com ocultação de cadáver”, destacou o delegado.
Para não atrapalhar o final da investigação, a polícia não deu mais detalhes sobre as suspeitas da autoria do crime. O corpo encontrado está no Instituto Médico Legal de Alagoas à disposição da Perícia Oficial. Ainda não há previsão de identificação.
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