Parentes dos mortos em um baile funk no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, acusam policiais da Coordenadoria de Operações Especiais (Core), a elite da Polícia Civil, pelos assassinatos. O caso aconteceu na madrugada de sábado (11) e está sendo investigado pela Divisão de Homicídios.
Os corpos das sete vítimas estão no Instituto Médico Legal de Tribobó, também em São Gonçalo. Os peritos vão identificar o tipo de arma e quantos tiros mataram os jovens. Parentes que aguardavam a liberação dos corpos estavam inconformados.
Segundo os moradores, homens da Core entraram no morro e fecharam algumas ruas. Depois, ainda segundo eles, teriam atirado e matado os sete jovens que estavam no baile funk.
“Um ato covarde de entrar na comunidade atirando em qualquer um”, afirmou o parente de uma das vítimas.
Policiais da Core informaram que davam apoio à Divisão de Homicídios que realizava uma perícia no local. Segundo os policiais, houve troca de tiros. Mas, de acordo com testemunhas, as vítimas estavam no baile no momento em que foram mortas.
“O que estava lá dentro era a Core. Um camburão, um troço muito grande que fechou toda rua. Fechou toda rua e tinha uma porção de homem armado, todo de preto com a cara tapada, que não dava para você ver ninguém. Eu estou muito triste porque a gente não tem com quem contar mais. Eu acredito que tenha sido uma chacina. Isso para mim não foi operação. Eu espero por Justiça. Isso não pode ficar assim”, disse uma testemunha.
Ao RJTV, por telefone, coronel Itamar Franco, do Comando Militar do Leste, informou que o Exército foi acionado pela Core para dar apoio logístico com dois blindados e uma equipe de segurança. Mas disse que os soldados não participaram da operação.
Fonte: G1
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